quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Apitou e era você.

O celular apita.
Eu não esperando que fosse você, senti todos os meus músculos
se contraírem quando li o seu nome.
Meu coração vai e volta.
Eu me livro de você e  me deixo envolver.
Dias passam e poucas coisas mudam.
Eu tô bem, tô firme, bem resolvida, eu tô feliz.
Como quando nos conhecemos mas melhor.
E melhor ainda do que quando resolvemos pôr fim na gente.
Matar você foi difícil.
Senti saudade do seu cheiro.
O gosto do nosso beijo, acho que decidimos ao mesmo tempo
que  era uma má ideia continuar sentindo-o.
Eu passei muito tempo querendo falar com você.
Só ver como você estava.
E eu não podia.

O celular apita.
De novo.
Tinha te visto recentemente.
Até falei com você porque os ambientes em comum que temos
não nos permitem deixarmos de nos falar completamente.

Mas eu não esperava que fosse você.
Você me olha e me procura, e eu sei que ainda sente alguma coisa.
Não sei o que.
Mas sei.
Uma pena eu não poder aproveitar o seu sentimento
e me jogar na vida com você porque seria o que eu mais gostaria.
De sentir você de novo com a mão entre as minhas pernas,
reparando nas minhas reações.
Com o rosto perto do meu, me sentindo ofegante.
Fraca.
Ou rindo, sem muitos mistérios.

O celular apita.
E eu respondo seca, você não insiste.
Porque não pode insistir.
E eu não desisto de tentar esquecer.



Aline Vallim.






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