terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Postura combativa.

Acho que a empatia vai mudar o mundo.
Acho que não podemos fingir que não escutamos ou vemos
cada palavra ou atitude agressiva contra as pessoas apenas porque elas
não são como julgamos "normal".
Tem que casar até 30?  Não.
Tem que amar homem sendo mulher?
E mulher, sendo homem? Não.
Tem que ganhar R$ 5.000,00 pra ser considerado
alguém bem-sucedido?
Tem que ter planos pra vida desde os 17 anos?
Tem que saber o que se quer fazer pro resto da vida desde quando
se acaba o Ensino Médio?
Tem que ter uma rotina pré-estabelecida pra vida toda pra ser considerado
dentro da normalidade?
Acho que estamos todos indo por um caminho esquisito...
A cada "se me deu de primeira é puta"ou
"se não casou  até agora deve ter algum problema..." que escutamos e não reagimos, nos anulamos.
Ou a cada "viados são todos promíscuos" que presenciamos e nada fazemos, nós
ajudamos esse mundo a ser mais falido, limitado e acéfalo.
Mesmo achando que nada mudará, se conseguimos mudar uma cabeça já
conseguimos mudar o mundo.
Pelo menos, o mundo de alguém.
Pelo menos, menos um pouco de amargura.
A cada vez que você se cala, você se torna mais medíocre.

Não importa se quem falou alguma asneira foi o seu pai ou
um senhor de 79 anos, em alguma fila de banco, como já aconteceu comigo nos dois casos,
você tem por obrigação tentar desconstruir uma mentalidade pequena.
Você não pode se calar.
A cada "não discute, não vai adiantar nada' que você obedece você se torna menor.
Você não precisa ser nada do que os padrões já estabelecidos te dizem.
Você apenas tem que ser honesto, ganhar o seu dinheiro pra bancar os seus gostos,
estar em dia com o tesão que rola dentro de você, fazer o que estiver a fim,
respeitar seu próprio tempo e levantar suas próprias bandeiras.
Lute as suas lutas. E as lutas dos seus irmãos.
E quanto ao resto, deve apenas ser uma pessoa gentil, porque tem um pessoal aí
precisando urgentemente.



Aline Vallim.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Completa o tanque de paixão, por favor?

É quase como a cada sentir, o mundo conspirasse para darmos um passo atrás.
E de tanto evitarmos cair, não se vive mais com a mesma entrega.
A paixão desestrutura você. Ela te tira do eixo, tira o equilíbrio.
O que a paixão tem de melhor é o que ela tem de pior.
O que a torna confusa mas um dos melhores sentimentos.
O amor é calmaria, é olhar pro outro enquanto o outro não vê,
encostar uma parte da perna enquanto se dorme só pra não parar de sentir a outra carne.
Paixão é ligação às 3 da manhã, é proposta maluca quando não se espera,
é não gostar do tédio ou  melhor não suportar ele.
Afinal, quem vai querer ficar parado quando se pode ir correndo até a Argentina?
Pelo menos é essa a sensação quando se tem paixão correndo nas veias.
Cada vez menos, nos permitem sentir isso.
Cada vez mais, nós deixamos de querer mesmo querendo.
E eu nem estou falando de amor ou mesmo de paixão. Sabe?
Acho que envolvimento seja de qualquer natureza precisa de reciprocidade.
Ninguém quer casar num primeiro momento mas você quer sim se sentir desejado.
E como todos nós estamos deixando de nos envolver é como se uns pros outros, fôssemos apenas
planos B espalhados pelo rascunho do que queremos.
E ninguém quer se sentir como se tivesse
sido encaixado em uma consulta de última hora.
Não é?
Ningúém.
Eu acho que ainda perdemos as melhores partes.
Desaprendemos a nos envolver genuianamente.
E se isso não é assustador,eu não sei mais o que é.
A palavra não tem mais força, a empolgação dura dois minutos, os sentimentos não afloram...
E a gente segue no revés de encontrar e sentir além do tempo.
E querendo estar longe dos muitos planos e da pouca vontade de expandirmos os laços.
Um pouco de paixão, uns pelos outros.
Pela vida.
Por favor!



Aline Vallim.









Esqueci de sonhar.

Reencontrei minha melhor amiga durante o período do ensino médio, brigamos por alguma razão estúpida que nenhuma das duas se lembra. Não é a...