sábado, 6 de junho de 2015

Eu não sei usar o sexo.

Tenho ele dentro de mim, e só pensava em quão vazio era aquilo tudo.
Tentava te esquecer, me esquecer também.
Escolhi uma pessoa que eu sentisse bastaste atração.
Que o sexo fosse legal e tal.
Escolhi.
Ele dentro de mim.
Começou bem quando em um determinado momento... E por algum motivo muito louco, eu nem conseguia me concentrar.
Nem conseguia focar.
Sentia um nojo gritante de tudo.
Em algum momento antes mesmo de você me tocar, você entrou em mim e não sai dos meus pensamentos.
Suas ligações no meu telefone, o começo, o término, você.
Eu que já não sabia usar o sexo, hoje sei menos.
Ele não foi capaz de se sobrepor a você.
Claro que não. 

Nem com o seu cuidado comigo, em com o respeito nas 
mínimas atitudes.
E nem tem como ser.
Nem tem como esperar isso.
Me senti pequena como há muito não me sentia.
Na hora de me despedir, me despedi dele, nunca mais querendo vê-lo.
Mas na verdade, não quero mais ver você.
Você, ele ou qualquer um que não saiba nem ao menos, ser por inteiro e não ser medíocre.
E naquele momento crítico que me levou a sentir sensações mórbidas do passado, eu mesma era medíocre.
Eu mesma não deveria estar ali.
Me despedi dele.
Nunca mais o verei.
E quanto a você, seja um diferente.
Seja um e não qualquer um.



Aline Vallim

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O lance é não querer.

"O lance é não querer.''

Como não querer as comidas mais gostosas?
Como viver sempre de dieta?
Como não gostar quando você está, se sempre que você está me faz sorrir.
Como não gostar de comida temperada.
Como me afastar de problemas?

"O lance é não querer."

Procuro seu rosto por aí, em todos os rostos quando você não está.
Nem que seja pra eu rir da coisa mais idiota do mundo.
Mas a mais idiota ainda sou eu.

"O lance é não querer."

Sorriso de canto de boca.
Bom humor.
Leveza. 
E todos os defeitos que te desfavorecem.
Quero tudo.

"O lance é não querer."

Sigo repetindo pra mim que outra situação desfavorável, me será azedo administrar.
Mas ainda  cogito.
Mesmo sabendo que não.
Não pode.
Não tem como.
No fundo, sei que algo vai acontecer se tivermos a chance.
E "se tivermos a chance", lê-se  que vou evitar todos os problemas que eu puder
porque simplesmente não tenho mais estômago e nem ossos pra quebrar quando bato a cara na porta
de alguém que não me deixa entrar.

"O lance é não querer."

É, eu bem sei mas ainda quero mesmo assim.


Aline Vallim. 


 


Esqueci de sonhar.

Reencontrei minha melhor amiga durante o período do ensino médio, brigamos por alguma razão estúpida que nenhuma das duas se lembra. Não é a...