terça-feira, 24 de março de 2015

Jejum emocional.

Vou tirar a calcinha vermelha, vou vestir um hábito.
Vou fazer jejum emocional.
Me deixa em paz!
Não chegue e por favor, não se vá!
Me poupe do trabalho que é tentar.
E o que eu mais quero é reaprender a  me dedicar.
Mas não sei, sabe... Anda meio complicado.
Eu nem ando me achando, não posso me comprometer.
Quando você tem muito pra dar, e não tem pra quem
começa a perder a prática de como se faz pra querer arriscar.
Não é qualquer paixãozinha que enche os olhos.
Não é qualquer sexo que faz urrar, por melhor que seja.
Existe a preguiça geral de tudo que envolve, se envolver.
Mas tudo o que você sente, continua sentindo.
Pronta, querendo, suando, implorando...
Mas ando perdida e nem que eu
queira você,  não vou saber te administrar agora.
Só pra sair da rotina, veja em mim o que eu vejo em você.
E eu espero que você insista e persista. 
E permaneça ficando, até eu resolver voltar.


Aline Vallim. 



quarta-feira, 4 de março de 2015

Você se preocupa demais.

Você se preocupa com tudo. 
Se preocupa com o rumo da vida.
Com a escolha profissional que não deu certo. 
Com o que vão pensar. 
Com o que vão julgar de você.
Se preocupa com a falta de reciprocidade.
Se preocupa com a falta de dinheiro.
Com a viagem que não vai dar pra fazer. 
Se preocupa com a violência.
Com o amor que é um eterno foragido. 
Você se preocupa em se vingar. 
Se preocupa em não deixar notar, do contrário deduzirão a fraqueza no seus olhos.
Quem tem medo de ser fraco? 
Se somos fracos o tempo todo.
Em coisas pequenas, banais. 
E somos fortes outras tantas vezes, mas nem percebemos.
Você se preocupa com a sua vida não parecer nem um pouco com um filme hollywoodiano, e não precisa ser. 
Essa vida é pra ser corriqueira, é pra ser simples mesmo. 
As expectativas é que de simples não tem nada. 
E nos deixam no final da estrada de mãos e peito vazios. 
Você se preocupa em contar sua história como te favorece, sem perceber egoistamente,  o quanto pode ficar pelo caminho. 
Você se preocupa em chamar atenção. 
Você se preocupa em dar atenção. 
Menos do que deveria, é claro. 
Você se preocupa porque depois dos trinta, fica complicado se ater, a qualquer meta ou plano traçados. 
A sociedade te impõe idade pra sonhar, querer e pra ir atrás... E você?  
Você se preocupa.
Você se preocupa/ ilude com ideias malucas que colocam na sua cabeça, e a vontade de drama é tão grande que você sofre mesmo sem nem ao menos saber a razão. 
Você se preocupa com não poder ser o pai/ mãe que você quer. 
Em não ter dinheiro pra levar seu filho(a) a todos os lugares maravilhosos  que existem. 
E dar a ele (a) tudo o que há de melhor. 
Você se preocupa por não ser mãe ou pai ainda. 
Você se preocupa por não conseguir ser a melhor companhia pra melhor pessoa do mundo. 
Você se preocupa em não falar demais. 
Você se preocupa em falar de menos. 
Você se preocupa.
Você se preocupa por se abrir demais pras pessoas, pros risos, pros beijos, para as situações, para as oportunidades. 
Você se preocupa, e acaba se abrindo de menos e perdendo. 
E você? 
Se preocupa. Tentando achar
um meio termo que não precisa existir. 
E passa a vida se preocupando por se preocupar. 

Aline Vallim.

segunda-feira, 2 de março de 2015

O que eu precisava saber, eu sei.

Eu demorei pra entender o que eles tinham em comum.
Não tinham nada.
Dois homens, duas épocas distintas,
duas Alines, duas vezes, dois sentimentos
diferentes.
Um há mil anos atrás, outro por agora.
Mas de alguma forma um me lembrava o outro.
Por um, eu era apaixonada mas de um jeito errado.
Um jeito no qual eu não me mostrava, por insegurança, por achar que não era
e não poderia ser o que ele merecia e o que ele queria.
Ficava medindo minhas palavras, meu sarcasmo, minhas ideias.
Tinha medo do que eu era.
Era como se na presença dele qualquer palavra fora do contexto pudesse afastá-lo pra sempre.
Porque ele sempre sumia e reaparecia.
Eu não percebia que quem some, some porque quer.
Porque bem entende.
Então, acabava colocando nas minhas costas, a culpa.
Só poderia ser minha mesmo. (Claro que não!!!!!)
Eu era tão nova.
Não via muito além da rejeição, não via nada além da dor que ela me causava.
E me perdia.
Com o segundo, eu não sou apaixonada, eu apenas gosto do sabor do cheiro, do sexo.
Acho que ele é o meu número, o número certo, a continha certa pro "dar certo" dar.
Massssssssssss...

O que eu aprendi entre um e outro?

1- É que eu não tenho nada a perder.
2- Não tenho que ficar medindo palavras, tenho que me deixar dançar solta.
Sem muito mimimi. Quem quer você, quer você.
Você pode melhorar pelo outro mas não pode mudar 100% do
que você é. Ninguém muda.
3- Quando alguém não quer ficar com você, essa pessoa não vai ficar.
Não interessa o quão legal, engraçado, chato, esquisito,paranóico, gente boa, generoso, bom de cama,
você seja.
3- Se a pessoa não se abriu, pode ser que ela se abra mas não necessariamente aparecerá espaço
pra isso. E não há nada que você possa fazer.
4- Homem não tem medo de mulher destemida, de mulher sarcástica ou inteligente.
Eles gostam e se orgulham. A não ser os muito covardes e inseguros.
E esses, eu não quero mesmo.
Então, dane-se!
5- Se apagar por alguém,não vai mudar em nada a visão dela sobre você.
Se ela só gosta de você na cama, é lá que ela vai continuar a gostar de você.
O seu jeito e temperamento nada tem a ver com isso. (Aprende,vai!)
6- E sim, como é só na cama, a frequência não vai ser a mesma.
A pessoa vai continuar a sumir e reaparecer quando quiser.
E não há simplesmente nenhuma atitude a ser tomada.
7- Uma relação não depende apenas de uma pessoa.
E nunca, o fato de não ter dado em nada, dependerá só de você.
Depende do quanto o outro queria.
E não adianta você querer muito, até o querer depende do outro.



Aline Vallim.



Esqueci de sonhar.

Reencontrei minha melhor amiga durante o período do ensino médio, brigamos por alguma razão estúpida que nenhuma das duas se lembra. Não é a...