segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Linha vermelha.





Eu em algum canto da festa que eu não queria ir. Queria, mas não queria.
Vocês sabem como é.
Você está em todos os lugares, mas não está em lugar nenhum. Está em cada copo, em cada cadeira, em cada olhar, em cada explosão de gargalhadas aleatórias. Sobressalta o meu coração. Querendo que a cada momento, seja a hora de ver tudo em slow motion só porque eu te encontrei. Dizem que é assim... Já foi assim! 
Mas você? Eu nunca te vi. Só te sinto por aí. Sinto você nessa tal linha vermelha que dizem estar em nossos tornozelos nos ligando à cada pessoa que ainda vamos encontrar.
Cedo ou tarde. 
Tarde, tarde, tarde. Mas o que eu sei?
Você parece que está por perto mas ao mesmo tempo, parece que se perde de mim sempre. 
Eu chego tão perto, você também. 
Sempre pra te sentir um pouco mais longe. 
Mais perto.  
Você é louco do jeito que eu preciso, eu sei...Eu sinto. 
Eu quero a desordem que eu preciso pra continuar. Me devolve o caos que me entrega às loucuras de quem se apaixona. Há tempos que não sinto assim, desse jeito que eu preciso. 
Você vai saber o que fazer com essa bagunça e vai  me bagunçar ainda mais, do jeito que eu quero.
Só porque você quer, só porque você também precisa. Me devolve seu cheiro e seu gosto, que eu nunca mais vou querer parar de sentir. 
Me oferece o seu toque e deixa eu te sentir também.
Eu sei, você vai. 
Eu sei, você vai. 




Aline Vallim

Esqueci de sonhar.

Reencontrei minha melhor amiga durante o período do ensino médio, brigamos por alguma razão estúpida que nenhuma das duas se lembra. Não é a...