quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

"Hold fast hope. All your love is all I've ever known..."

First time, I saw you.
Never forget how shiny you looked like.
I felt like my blood was speed racing through my veins.
It's like I became alive in that single moment.
I never knew how to put into words.
I didn't know that feeling.
Or knew that it could be that simple.
We were together easily, no hard trying.
Not trying to figure it out.
Not missing you  because you were mine.
You were there.
There was no reason to cry.
I wasn't expecting to find you.
But I did.
One moment changed all.
All that I've ever felt.
I could finally hold to my hope and dreams for the first time in life
without feeling stupid or defenseless.
I was fine.
That was real.
We were for real.
I still look at you nowadays and feel like there's magic.
There's hope.
You are here making the whole world dance.



Aline Vallim. 




terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Eu só escrevo.

Eu escrevo porque eu sinto.
E qualquer coisa que motive o mínimo de sentimento, que seja raiva, paz, amor, tesão...
Se eu quiser e achar proveitoso, vira texto sim.
E eu não preciso que você ou ninguém se intimide com isso.
Não quero atingir ninguém e nem me declarar o tempo inteiro.
Eu só quero escrever.
Não pense você que sempre tem destino, as minhas palavras.
Às vezes eu quero falar de algo que já me atingiu há mil anos ou ontem.
Às vezes eu quero só me desfazer de algum sentimento.
Mas na maioria das vezes mesmo, eu só quero jogar palavras no mundo.
E é só porque eu acho lindo.
E porque eu acho que uma coisa que eu faço bem e me orgulho disso.
É terapia.
Se você se intimida e sai correndo, você me desculpe.
A intenção nunca foi essa.
E pensando bem, me desculpa não.
Afinal quem tem que encontrar um  jeito de lidar com isso é você.
Ou lidar com pessoas que tenham qualquer outro tipo de hábito.
E que você considere mais saudável.
Ou menos perigoso.
Mas eu tenho que continuar escrevendo, se não eu explodo.
Se não, fica tudo triste.
Então, você me deixa aqui enquanto vivemos algo ou não, sem medo...
Porque não necessariamente eu utilizo das linhas pra te atingir.
Nem sempre, eu disse.
Só se você fizer por merecer.
Só se você der um bom texto.
Bom, pelo menos.
Embora, eu prefira os excelentes.


Aline Vallim.




quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Há quanto tempo você não faz alguma coisa pela primeira vez?

Há quanto tempo você não decidiu por si e só por si, se surpreender?
Há quanto tempo você não se desarma?
Há quanto tempo não vive algo com os dois pés lá dentro?
Há quanto tempo não escolhe escolhas diferentes??
Acho que se temos essa predisposição a não entrarmos em um mecanismo
robótico com relação as situações na vida, somos capazes de viver mais intensamente.
E pra isso, temos que nos deixar por aí.
Pro mundo, pras possibilidades, oportunidades que vêm sem parecerem nada além de mais uma chance de perdermos tempo.
Mas vai que você tá errado.
Mas vai que tudo muda a partir do seu sim, do seu peito aberto, da sua decência e sinceridade
para com os outros, mas também para com você.
E com o que você sente.
E com o jeito certo de se fazer as coisas.
Não se afaste de você.
Se faça feliz.
Vai que você não perde tempo.
Vai que você ganha história.
Se solta.
Se deixa.
Coloca seu salto ou seu all star.
Coloca seu batom vermelho ou azul, e vai.
Mete o pé, acelera.
Não se esquece que tudo pode ser muito bom.
Tudo pode ser maravilhoso.
Você pode viver coisas que nunca imaginou.
Comece pelas pequenas coisas.
Quando foi a última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez?
Quando foi?
Se você, nem ao menos consegue se lembrar, então por favor...
Comece!
Encare os medos, os estereótipos criados por você mesmo, as dificuldades
de seguir acreditando nos outros...
Encare.
Só vá!



Aline Vallim.





segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Um pouco mais do mesmo.

O erro ainda é meu. 
Sentir tanto e tão a frente do que realmente é. 
Sentada em uma mesa de bar e falando e observando a volta. 
Eu via que a minha vontade de sentir é tão grande que ultrapassa o sentir. 
O sentir é tomado pela idealização. 
Pela fantasia de achar que ainda tem sentimento que vale. 
E tem sim, mas nem sempre é.
Você não se deixa levar, luta contra, acha defeito e 
finalmente quando acha que achou, você se perde de novo. 
Se perde porque não tem receita e nunca parece que as coisas vão pelo caminho mais fácil. 
Parece sempre que a gente tenta dar nó. 
E eu To bem cansada dos nós. 
De sempre me espalhar pra me juntar logo em seguida, pra fazer algo que não é pra ser, ser. 
Tô cansada de tanta gente que não mede as palavras e nem mede um pouco de gentileza. 
Tô cansada de sentir raiva por me desapontar, não com sentimentos mas com cuidados. 
Com formas de se cuidar do outro que só partem de um lado. 
Como se pra ser gentil precisássemos gastar muita energia. 
Ser respeitoso é tão fácil. Ser legal é tão gostoso. 
E parece cada dia mais que não se tem nem vontade de poupar o outro. 
Eu quero fazer com que os outros se sintam bem comigo ou ao lembrar de mim. 
E reciprocidade parece até ofensivo. 
Parece que tratar bem e reivindicar um pouco de bom senso (embora eu ache que 
não se reivindique), é querer algum órgão vital do outro. 
Como assim você tá sendo legal? 
Deve estar querendo alguma coisa. 
Como assim você tá reclamando? 
Eu To reclamando sim. 
Eu To te mostrando sim  minha insatisfação.
E eu não quero ser o alguém que provoca isso. 
Mas também não quero sentir. 
Eu embora não seja tão meiga, eu quero e preciso ser melhor. 
E se esse comprometimento de se colocar no lugar do outro não é o que te domina a fim de cultivar uma vida mais gostosa, então você saia daqui. 
Saia de perto de mim. 
Não posso querer. 
Não quero mais ficar tentando entender o porquê de coisas banais. 
Queimando a mufa pro meu lado racional descansar em paz. 
Eu não preciso. 
Eu não quero. 
Eu não Tô a fim.


Aline Vallim. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Mariana, Paris, África, homossexuais, mulheres...

Por um lado temos a forma de jornalismo da maior emissora
nacional que é extremamente parcial.
E defende interesses que estão acima dos interesses comuns.
Do povo, de quem realmente precisa.
E vamos lá, isso não é de hoje.
Não é mesmo?
Aí, então temos quase concomitantemente duas tragédias horríveis.
Uma no interior do Brasil, outra em um país desenvolvido da Europa.
Do lado daqui temos o interesse de  manter relações amigáveis e mais
do que isso, uma puxada no saco não cairá mal.
(Aliás pra alguns, puxar o saco nunca  cai mal. É como respirar.)
E temos do lado de lá o radicalismo das pessoas, aquelas que são incapazes
de ter uma opinião e não ter a capacidade de defendê-la de forma branda, embasada e coerente.
Sempre com ofensas e xingamentos.
Um povo que a cada dia mais parece se tornar quanto mais informado, mais alienado.
Engraçado né?
Em meio a "bolsomitos", "mata os viados", "mulher é tudo puta!", tudo parece sem esperança.
Eu estou sem esperança.
Mas parece que o caos tem que ser estridente pra que melhores tempos venham.
E juntando isso tudo, vamos analisar.
Por que uma tragédia parece estar mais em foco do que a outra que foi tão horrível e impactante quanto?
Porque a mídia (em parte) permanece fazendo o enorme bom trabalho de apenas mostrar
o que interessa pra quem interessa.
E para atacar quem se solidariza, tem a parte dos que são hipócritas e tão egoístas quanto certos meios de comunicação.
Que simplesmente não percebem a manipulação ou são loucos e desvairados, mesmo.
Há quem vá pelo modismo de trocar a foto do perfil.
Mas a maioria, trocando foto de perfil ou não (esse é o menor dos problemas), se solidariza sim
com as dores dos outros.
Pensam sim, no todo.
Agem sim, por um mundo melhor.
E defendem causas que nem são suas só pro mundo girar melhor.
E é por essa parcela que o meu coração ainda vibra.
É por essa parcela que eu sigo confiando que tudo vai dar certo.


Aline Vallim.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Você é nada.

Vai lá, corre lá!
Foge da pessoa tão carente e louca por elogios que você é.
Foge da insegurança que te alige e que te soca o estômago e que você se recusa a assumir.
Te conheço apesar de quase não te conhecer.
E graças a Deus, não te conheci.
O sexto sentido e as forças do Universo conspiram.
E eu não precisei me decepcionar pra me desfazer de você.
Graças. 
Você fala tanto mas foge das próprias palavras.
Você é tão pouco bem resolvida que precisa de aprovação.
Precisa ser popular e elogiada, esquecendo que popularidade na maior
parte do tempo significa bater palma pra maluco dançar.
Porque pra quem não ama a gente de verdade, só prestamos se fazemos o que
eles esperam e querem da gente.
E isso, meu bem eu não tô a fim.
Não tô a fim de ser "adorada" desse jeito.
Na verdade, eu não preciso. 
Minha vida se desenrola além da supercialidade que é vestir máscaras.
Se empenhar em ser aceita, querer tanto ser alguém bem quisto...
Isso é não ser você, é ser uma mentira.
E é exatamente isso.
Você é uma mentira.
Tão rasa e vazia. 
Tão cheia de afetos profundos, tão cheia de palavras sinceras
Faz exatamente o que condena.
Cospe hipocrisias para depois agir tão contra tudo o que bate no peito e por qual razão?
Tão cheia de apelos fedorentos.
Você é nada.
Você é tudo o que eu detesto no mundo.




Aline Vallim.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Apitou e era você.

O celular apita.
Eu não esperando que fosse você, senti todos os meus músculos
se contraírem quando li o seu nome.
Meu coração vai e volta.
Eu me livro de você e  me deixo envolver.
Dias passam e poucas coisas mudam.
Eu tô bem, tô firme, bem resolvida, eu tô feliz.
Como quando nos conhecemos mas melhor.
E melhor ainda do que quando resolvemos pôr fim na gente.
Matar você foi difícil.
Senti saudade do seu cheiro.
O gosto do nosso beijo, acho que decidimos ao mesmo tempo
que  era uma má ideia continuar sentindo-o.
Eu passei muito tempo querendo falar com você.
Só ver como você estava.
E eu não podia.

O celular apita.
De novo.
Tinha te visto recentemente.
Até falei com você porque os ambientes em comum que temos
não nos permitem deixarmos de nos falar completamente.

Mas eu não esperava que fosse você.
Você me olha e me procura, e eu sei que ainda sente alguma coisa.
Não sei o que.
Mas sei.
Uma pena eu não poder aproveitar o seu sentimento
e me jogar na vida com você porque seria o que eu mais gostaria.
De sentir você de novo com a mão entre as minhas pernas,
reparando nas minhas reações.
Com o rosto perto do meu, me sentindo ofegante.
Fraca.
Ou rindo, sem muitos mistérios.

O celular apita.
E eu respondo seca, você não insiste.
Porque não pode insistir.
E eu não desisto de tentar esquecer.



Aline Vallim.






quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Eu entendi que eu não preciso entender.

Abri o notebook, o encarei por alguns momentos e pensei em toda essa nossa procura.
Em todos os lugares errados que a gente vai só pra não ficar parado.
Em todos os"tinha que ter dado certo" que eu tento entender em vão.
Eu não vou entender e talvez nem o outro entenda.
Tento arranjar justificativas que nem são necessárias só porque
meu lado racional me implora.
Tento me encontrar mas parece que já me encontrei.
Esses dias, andei reparando uma paz no meu peito que nenhum dos
planos que deram errado podem tirar de mim.
Eu sou cada vez mais aquela pessoa que eu gostaria de encontrar e manter
na minha vida.
A cada dia, eu penso e repenso que eu posso ter errado mas com cada erro veio
o meu aprimoramento.
Com cada tormenta veio o amadurecimento.
E eu entendi que eu não preciso entender.
Não tenho que queimar a "mufa" com quem não vale o esforço.
E na teoria isso é lindo, maravilhoso.
Mas quando se torna algo orgânico passa a ser sublime.
Quando a gente encontra a medida certa em ser o que se é sem medir palavras e
a elegância, você se sente em paz.
Quando eu estou certa, todo o resto pode estar errado que
eu ainda vou dormir em paz.
Você pode me maldizer ou nem se quer me querer mas eu sei que vai passar.
A medida que sabemos que tudo passa, não é qualquer coisa que nos abala.
Não é qualquer paixão que me diverte.
Não é qualquer desamor que me tira o sono.
Eu queria não ser mais tão resistente.
Eu ainda queria acreditar no para sempre, simplesmente porque é mais romântico.
Mas me libertar de todas as visões irreais da vida cura o coração e a mente e melhor ainda
tira um peso das nossas costas que nem é nosso. 



Aline Vallim. 



sábado, 6 de junho de 2015

Eu não sei usar o sexo.

Tenho ele dentro de mim, e só pensava em quão vazio era aquilo tudo.
Tentava te esquecer, me esquecer também.
Escolhi uma pessoa que eu sentisse bastaste atração.
Que o sexo fosse legal e tal.
Escolhi.
Ele dentro de mim.
Começou bem quando em um determinado momento... E por algum motivo muito louco, eu nem conseguia me concentrar.
Nem conseguia focar.
Sentia um nojo gritante de tudo.
Em algum momento antes mesmo de você me tocar, você entrou em mim e não sai dos meus pensamentos.
Suas ligações no meu telefone, o começo, o término, você.
Eu que já não sabia usar o sexo, hoje sei menos.
Ele não foi capaz de se sobrepor a você.
Claro que não. 

Nem com o seu cuidado comigo, em com o respeito nas 
mínimas atitudes.
E nem tem como ser.
Nem tem como esperar isso.
Me senti pequena como há muito não me sentia.
Na hora de me despedir, me despedi dele, nunca mais querendo vê-lo.
Mas na verdade, não quero mais ver você.
Você, ele ou qualquer um que não saiba nem ao menos, ser por inteiro e não ser medíocre.
E naquele momento crítico que me levou a sentir sensações mórbidas do passado, eu mesma era medíocre.
Eu mesma não deveria estar ali.
Me despedi dele.
Nunca mais o verei.
E quanto a você, seja um diferente.
Seja um e não qualquer um.



Aline Vallim

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O lance é não querer.

"O lance é não querer.''

Como não querer as comidas mais gostosas?
Como viver sempre de dieta?
Como não gostar quando você está, se sempre que você está me faz sorrir.
Como não gostar de comida temperada.
Como me afastar de problemas?

"O lance é não querer."

Procuro seu rosto por aí, em todos os rostos quando você não está.
Nem que seja pra eu rir da coisa mais idiota do mundo.
Mas a mais idiota ainda sou eu.

"O lance é não querer."

Sorriso de canto de boca.
Bom humor.
Leveza. 
E todos os defeitos que te desfavorecem.
Quero tudo.

"O lance é não querer."

Sigo repetindo pra mim que outra situação desfavorável, me será azedo administrar.
Mas ainda  cogito.
Mesmo sabendo que não.
Não pode.
Não tem como.
No fundo, sei que algo vai acontecer se tivermos a chance.
E "se tivermos a chance", lê-se  que vou evitar todos os problemas que eu puder
porque simplesmente não tenho mais estômago e nem ossos pra quebrar quando bato a cara na porta
de alguém que não me deixa entrar.

"O lance é não querer."

É, eu bem sei mas ainda quero mesmo assim.


Aline Vallim. 


 


domingo, 12 de abril de 2015

Você casa e não transa ou transa e não casa. Escolhe aí!

Eu nem queria escrever sobre isso.
Eu nem queria, porque já tô cansada, pra ser honesta.
Cansada de ter que ser óbvia e defender o
que já deveria ser defendido, sem esforço.
Mas vamos lá.
Tentei escrever contando com um ponto de vista
masculino mas não obtive sucesso.
O que eu queria dizer é que:
Se eu trabalho à beça pra ter meus luxos, isso não importa.
Se eu acordo às cinco da matina pra correr atrás da minha vida.
Se tenho responsabilidades...
Se eu tenho planos pra minha vida...
Se sou sensível, sentimental...
Se sou leal, se sou fiel aos meus.
 Se me compadeço de injustiças...
Se sou alguém que mereço respeito e admiração, por qualquer que seja 
a perspectiva...
Se sou companheira...
Se sou uma filha amorosa, se sou uma mulher interessante, engraçada...
Se sou alguém com quem se divida momentos...
Nada disso importa...
Eu não importo.
Se eu sou ansiosa, se sou imediatista. Se eu piro às vezes e já sofro pra ontem, não importa.
Não importa, se eu tento conhecer as pessoas, não importa se sou atenciosa, carinhosa.
Não importa se sou romântica...
Não importa a sua bagagem, o quanto você sofreu pra ser quem é hoje.
No final das contas, pra você mulher, só vai importar mesmo
se você já deu de primeira e se já teve mais de 2 parceiros sexuais nessa vida de meu Deus.
Se gosta muito de sexo e fala abertamente, eu também evitaria se fosse você.
Mesmo sendo solteira? 
Você me pergunta. (Sim ,é isso mesmo!) 
Mesmo em pleno 2015?
 Você insiste. (Sim, em pleno 2015!)
O que importa é apenas o meu corpo e o que eu faço com ele.
O resto,meu bem?
Você joga tudo fora, descarta, deixa pra lá, ignore.
Como se nada fosse.
Porque na verdade, não é mesmo.
Você pode matar, vender a alma pro sete pele, pode assaltar, 
você pode ser ruim que nem o pica-pau.
Mas só não pode dar essa periquita, minha filha.
Não a deixe ver a luz do Sol.
Melhor pra você e pra sua vida.


Aline Vallim.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Mas você nunca fala.

Dou um trago profundo no cigarro, que é pra distrair
a minha cabeça enquanto espero você
resolver começar a falar.
Solto a fumaça devagar, esperando alguma coisa fazer sentido.
Nada faz.
Eu me apaixono sempre pelas possibilidades.
Me apaixono pelo quão bom seria mas nunca é.
E a frustração é certa. Como um mais um é dois.
Espero mais alguns segundos, pelas suas palavras.
Mas você nunca fala e não é agora que vai falar.
Seu papo é o mesmo de sempre.
Um homem com um papo limitado.
O meu tesão está na boca.
Mas não no seu oral que apesar de ser bom demais, já não me leva no papo.
E eu? Eu sempre gosto de mais.
Você nunca fala, você faz questão de ser menos.
Eu brinco, tento quebrar o seu machismo ou te despir da sua armadura.
Mas se não adianta.
Eu me adianto.
Prefiro tanto fazer, pra você ser um tanto faz.
Quantos anos você tem?
Não te critico, não te acho nada menos do que você é.
Só tento entender.
Mas não entendo.
Será que sempre se comportou assim?
Você sorri sem graça, tentando me seduzir.
Mas não me seduz mais.
E podia seduzir, ô se podia!
Mas meia dúzia de putarias bem ditas (ou mal)
não fazem Verão.
Pro seu azar.
Pra minha sorte.
E você, nunca fala.


Aline Vallim.


terça-feira, 24 de março de 2015

Jejum emocional.

Vou tirar a calcinha vermelha, vou vestir um hábito.
Vou fazer jejum emocional.
Me deixa em paz!
Não chegue e por favor, não se vá!
Me poupe do trabalho que é tentar.
E o que eu mais quero é reaprender a  me dedicar.
Mas não sei, sabe... Anda meio complicado.
Eu nem ando me achando, não posso me comprometer.
Quando você tem muito pra dar, e não tem pra quem
começa a perder a prática de como se faz pra querer arriscar.
Não é qualquer paixãozinha que enche os olhos.
Não é qualquer sexo que faz urrar, por melhor que seja.
Existe a preguiça geral de tudo que envolve, se envolver.
Mas tudo o que você sente, continua sentindo.
Pronta, querendo, suando, implorando...
Mas ando perdida e nem que eu
queira você,  não vou saber te administrar agora.
Só pra sair da rotina, veja em mim o que eu vejo em você.
E eu espero que você insista e persista. 
E permaneça ficando, até eu resolver voltar.


Aline Vallim. 



quarta-feira, 4 de março de 2015

Você se preocupa demais.

Você se preocupa com tudo. 
Se preocupa com o rumo da vida.
Com a escolha profissional que não deu certo. 
Com o que vão pensar. 
Com o que vão julgar de você.
Se preocupa com a falta de reciprocidade.
Se preocupa com a falta de dinheiro.
Com a viagem que não vai dar pra fazer. 
Se preocupa com a violência.
Com o amor que é um eterno foragido. 
Você se preocupa em se vingar. 
Se preocupa em não deixar notar, do contrário deduzirão a fraqueza no seus olhos.
Quem tem medo de ser fraco? 
Se somos fracos o tempo todo.
Em coisas pequenas, banais. 
E somos fortes outras tantas vezes, mas nem percebemos.
Você se preocupa com a sua vida não parecer nem um pouco com um filme hollywoodiano, e não precisa ser. 
Essa vida é pra ser corriqueira, é pra ser simples mesmo. 
As expectativas é que de simples não tem nada. 
E nos deixam no final da estrada de mãos e peito vazios. 
Você se preocupa em contar sua história como te favorece, sem perceber egoistamente,  o quanto pode ficar pelo caminho. 
Você se preocupa em chamar atenção. 
Você se preocupa em dar atenção. 
Menos do que deveria, é claro. 
Você se preocupa porque depois dos trinta, fica complicado se ater, a qualquer meta ou plano traçados. 
A sociedade te impõe idade pra sonhar, querer e pra ir atrás... E você?  
Você se preocupa.
Você se preocupa/ ilude com ideias malucas que colocam na sua cabeça, e a vontade de drama é tão grande que você sofre mesmo sem nem ao menos saber a razão. 
Você se preocupa com não poder ser o pai/ mãe que você quer. 
Em não ter dinheiro pra levar seu filho(a) a todos os lugares maravilhosos  que existem. 
E dar a ele (a) tudo o que há de melhor. 
Você se preocupa por não ser mãe ou pai ainda. 
Você se preocupa por não conseguir ser a melhor companhia pra melhor pessoa do mundo. 
Você se preocupa em não falar demais. 
Você se preocupa em falar de menos. 
Você se preocupa.
Você se preocupa por se abrir demais pras pessoas, pros risos, pros beijos, para as situações, para as oportunidades. 
Você se preocupa, e acaba se abrindo de menos e perdendo. 
E você? 
Se preocupa. Tentando achar
um meio termo que não precisa existir. 
E passa a vida se preocupando por se preocupar. 

Aline Vallim.

segunda-feira, 2 de março de 2015

O que eu precisava saber, eu sei.

Eu demorei pra entender o que eles tinham em comum.
Não tinham nada.
Dois homens, duas épocas distintas,
duas Alines, duas vezes, dois sentimentos
diferentes.
Um há mil anos atrás, outro por agora.
Mas de alguma forma um me lembrava o outro.
Por um, eu era apaixonada mas de um jeito errado.
Um jeito no qual eu não me mostrava, por insegurança, por achar que não era
e não poderia ser o que ele merecia e o que ele queria.
Ficava medindo minhas palavras, meu sarcasmo, minhas ideias.
Tinha medo do que eu era.
Era como se na presença dele qualquer palavra fora do contexto pudesse afastá-lo pra sempre.
Porque ele sempre sumia e reaparecia.
Eu não percebia que quem some, some porque quer.
Porque bem entende.
Então, acabava colocando nas minhas costas, a culpa.
Só poderia ser minha mesmo. (Claro que não!!!!!)
Eu era tão nova.
Não via muito além da rejeição, não via nada além da dor que ela me causava.
E me perdia.
Com o segundo, eu não sou apaixonada, eu apenas gosto do sabor do cheiro, do sexo.
Acho que ele é o meu número, o número certo, a continha certa pro "dar certo" dar.
Massssssssssss...

O que eu aprendi entre um e outro?

1- É que eu não tenho nada a perder.
2- Não tenho que ficar medindo palavras, tenho que me deixar dançar solta.
Sem muito mimimi. Quem quer você, quer você.
Você pode melhorar pelo outro mas não pode mudar 100% do
que você é. Ninguém muda.
3- Quando alguém não quer ficar com você, essa pessoa não vai ficar.
Não interessa o quão legal, engraçado, chato, esquisito,paranóico, gente boa, generoso, bom de cama,
você seja.
3- Se a pessoa não se abriu, pode ser que ela se abra mas não necessariamente aparecerá espaço
pra isso. E não há nada que você possa fazer.
4- Homem não tem medo de mulher destemida, de mulher sarcástica ou inteligente.
Eles gostam e se orgulham. A não ser os muito covardes e inseguros.
E esses, eu não quero mesmo.
Então, dane-se!
5- Se apagar por alguém,não vai mudar em nada a visão dela sobre você.
Se ela só gosta de você na cama, é lá que ela vai continuar a gostar de você.
O seu jeito e temperamento nada tem a ver com isso. (Aprende,vai!)
6- E sim, como é só na cama, a frequência não vai ser a mesma.
A pessoa vai continuar a sumir e reaparecer quando quiser.
E não há simplesmente nenhuma atitude a ser tomada.
7- Uma relação não depende apenas de uma pessoa.
E nunca, o fato de não ter dado em nada, dependerá só de você.
Depende do quanto o outro queria.
E não adianta você querer muito, até o querer depende do outro.



Aline Vallim.



domingo, 22 de fevereiro de 2015

Sem dó, nem piedade.

Quando o seu sentimento, ou disposição de ser a melhor pessoa na vida de alguém
não é o suficiente?
Quando o amor ou a vontade de amar não parece ser do agrado do outro?
Quando as portas se fecham e você mesmo querendo se mostrar, não consegue?
Em qual o momento que seu coração quebra?
Em saber que não tem mais nada a ser feito?
Em aceitar isso?
Ou na hora de ir embora?
Não demore tempo excessivo, em um lugar que seu amor não possa ser exposto e (ou) apreciado.
Não com essas mesmas palavras, já dizia Frida Khalo.
Você cai no dilema de:
Como ir embora se esse é o meu lugar favorito no mundo?
Com a intimidade dos sexos, dos beijos, dos desejos 
secretos e saciados, dos arrotos, gases, depilações atrasadas, ou recém feitas
que incomodam eternamente, ou de perceber e rir 
de algum detalhe engraçado do outro, nos roncos, na pessoa jurando pela própria felicidade que não ronca, em tudo isso que 
define um relacionamento de algum tempo, toda a intimidade que vem com todos  esses episódios vem a sensação de que não se deve partir.
Essa voz na sua cabeça é o amor que você sente.
E que precisamos entender que não podemos existir sozinhos amando, avulsos.
Tem que haver retorno e se não há pra quê ficar?
Ou  mesmo com uma pessoa que você acabou de encontrar  porque nela, não está a sua rotina estabelecida.
Mas nela se encontram todas as possibilidades do mundo.
Tanto em um caso, como no outro, o dilema é o mesmo.
Se essa pessoa não me abriu a porta....
Eu tento pular a janela?
Minha opinião?
Por mais que pareça mágico, e por mais que pareça e 
você sinta que tem muito a perder, não ficando pra 
conhecer a pessoa nova ou mantendo a antiga.
Feche a sua porta também.
Você corre o mais rápido que dá.
Corre sem nem pensar...
E se ao olhar pra trás se deparar com a pessoa 
que você quer correndo atrás de você,
então meu bem, ela será a pessoa que você merece.
E te merecer também  fará seu coração descansar.
Querer amar e ser impedido, seja qual for a razão...
Desisteresse, interesse em diferente sintonia, 
falta de vontade ou 
preguiça (insegurança,medo...) da outra pessoa 
em deixar alguém entrar.
Nada disso merece meu tempo.
E nem o seu.
Não se perca em relacionamentos de anos e nem se iluda
com relações novas.
Saiba e esteja atento e estabeleça sem dó, nem piedade o seu 
"NÃO VAI DAR! Tô indo!"


Aline Vallim.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Espaço em branco.

O tempo apesar de ser o maior amigo, é o mais implacável também.
Enquanto a gente pára pra pensar,  mais um dia passa.
E mais você perde. Ou deixa de ganhar.
Perde pra viver ao lado de quem você quer mas não sabe se deve.
Perde por não saber dizer que sente muito por alguma atitude.
Perde por não saber tomar atitudes ou por tomá-las sem pensar.
Até aí, tudo bem.
Mas não dá pra perder tempo, não indo pra direção certa ou tentando
se redimir por não ter coragem.
Mais um dia  que a gente de distancia, se torna ausente.
Não dá para esperar a mudança de ideia, de comportamento, de approach, de vontade. 
Cada dia ausente é um passo pra mais longe.
Na direção oposta, e quase não tem volta.
Uma semana longe de quem te quer, pode ter sido a semana mais difícil da vida dessa pessoa.
A semana que ela mais precisou de alguém,falar, conversar.
Ou foi a semana mais foda da qual ela já teve notícia.
E você poderia ter compartilhado com ela, mas estava indeciso deixando os dias passando.
E depois pra recuperar, não recupera.
Não dá pra retomar.
Não dá.
Cada dia, menos um dia.
A empolgação passa.
A espera acaba. E você se torna apenas mais um.
Menos um.
O que resta é um espaço em branco.
O qual você e só você, pode preencher, caso já não tenha esperado demais pra
começar.


Aline Vallim.







Esqueci de sonhar.

Reencontrei minha melhor amiga durante o período do ensino médio, brigamos por alguma razão estúpida que nenhuma das duas se lembra. Não é a...