domingo, 12 de maio de 2013

Nariz em pé.

Você não gostar do que as pessoas gostam, ou não querer ir 
pros mesmos lugares, eu até entendo.
Compartilho dessas vontades distintas do resto da humanidade , durante a maior parte 
da minha existência.
Se acabo fazendo o que não quero fazer seja qual for o motivo, não importa. 
Agora  contudo, muitas vezes, faço o que meu coração diz mas nunca desmerecendo 
os lugares onde eu já me diverti ,as pessoas que me proporcionaram isso,as bebidas 
baratas ingeridas na falta de dinheiro.
Meu bem, quem nunca?
Quem nunca passou por períodos de contenção 
econômica, quem nunca foi pra lugares baratos pra não
ficar em casa em uma sexta-feira? 
É a vida, e começo de vida é difícil pra todos.
Ou você por algum acaso ,nasceu em berço d'ouro?
Essas fases de aperto passam e você pode finalmente libertar o milionário existente em você.
Não que você possa gastar o que não tem mas pelo menos parte do seu ordenado,
sendo você um lindo e bonito assalariado, pode ser gasto 
com seu exuberante gosto pro que há
de indiscutivelmente melhor, em questão de vida.
Eu posso fazer e você deve fazer também,é claro.
Viver bem é um dos luxos que devemos nos dar...
Mas nunca esquecendo de onde viemos.
Eu não esqueço. E não ando com o nariz em pé porque com a
cabeça muito suspensa eu acabaria ou me perdendo ou tropeçando, por aí. 
Quem se esquece de onde vem, não sabe para onde vai.

Aline Vallim.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O calor que o frio tem.

A maioria das pessoas consegue  ver em dias de frio ,por mais
redundante que possa parecer, uma frieza triste.
Eu não. Eu vejo versos  e as mais lindas 
combinações de palavras.
Eu vejo todas as possibilidades.
Eu vejo jantares apaixonados, beijos molhados
com gosto de whisky, lugares com cheiro de flores, pôr do
sol à beira de alguma 
paisagem arrebatadora.
Eu sinto calores, eu tenho vontades.
Tudo parece melhor, mais saboroso, mais sensível ao estímulo.
Em dias frios, eu sinto aquela preguiça ,que é quase 
como um carinho.
Em dias frios, eu posso quase tocar 
a poesia que transborda de 
quase qualquer cenário.
Em dias frios, os frios na barriga 
são muito melhor aproveitados.
Em dias frios...


Aline Vallim.


domingo, 5 de maio de 2013

Fã de Sextas-feiras.

Tudo o que eu fiz, eu precisei fazer.
Não tem essa!
Todas as histórias inusitadas, os beijos errados,as noites malucas,
as falas sem nenhum contexto, todos os nomes trocados,
todos os meus desafetos.
Todas as vezes que olhei de soslaio e me pegaram no flagra,
todas as gargalhadas fora de hora, todas as oportunidades
aproveitadas e amargamente
arrependidas, todas as chances perdidas por algum receio e lamentadas.
Tudo me fez ficar de pé hoje,mais forte,melhor,mais mulher.
Hoje eu ouso usar a minha ironia ,o meu sarcasmo e a minha falta de tolerância
pra certas atitudes como se fossem letreiros luminosos que sinalizam
quem eu sou ,sem nenhum sorriso forçado.
Sem medo de críticas, ou dedos ,ou línguas ,todos afiados.
Eu não preciso ser politicamente correta. Eu não quero ser.
Eu não quero me pintar erroneamente pra
agradar quem não gostaria de mim
se soubesse quem eu sou de verdade.
Eu não preciso ser santa e nem diaba.
Não ligo. Já foi o tempo.
E de tempo eu ando entendendo bem.
Tão bem que não posso mais deixá-lo
escapar pelos dedos.
Não quero.
Preguiça.
Como se certas situações fossem um eterno e enfadonho Domingo.
E quer saber meu bem, hoje em dia, eu sou fã das Sextas-feiras.


Aline Vallim.







sábado, 4 de maio de 2013

Quanto vale a sua palavra?

Não há nada que me irrite mais do que as palavras 
sendo tão desvalorizadas.
Sendo ditas como se com elas não viessem as 
responsabilidades, o apego, os planos e as expectativas.
As palavras possuem uma força e energia que poucos fazem ideia.
Lembram-se dos tempos em que os acordos eram selados apenas 
com as palavras? Bons tempos, sabe...
E vocês continuam agindo como se nada fossem. Vocês continuam  
amando um a cada semana. Vocês continuam sorrindo pra quem 
vocês não querem e falando mal assim que viram a esquina.
Você continua brincando de Peter Pan ,meu bem. 
Você continua vivendo como se fosse o centro do Universo. 
Você continua esquecendo que tudo o que vai,volta.
Até quando, meu bem? 
Até quando a sua imaturidade te fará enganar, ferir,iludir,brincar
e tratar os sentimentos dos outros com tanta leviandade?
Quem é você,meu bem? 
Que se julga tão superior, que se vê em um pedestal?
Acordem ,esfreguem os olhos e despertem porque o tempo passa e vocês 
terminarão solitários e largados em algum canto assim como vocês 
largaram os sonhos de quem, um dia vocês enganaram.


Aline Vallim.



sexta-feira, 3 de maio de 2013

O grande clichê


Você sente falta do ex ou da ex? Ou sente falta de ter alguém?
Tem gente que não SABE ficar só. Não sabe. 
Fica bobo, troncho, bocó...
Não sabe. Não sabe se deliciar com a própria solidão.
“Pega a solidão e dança” ,pega!!
Não tenha medo. Enquanto uns  tem medo. 
Eu sinto um carinho enorme pela solidão, ela me
deixa ver com clareza e escutar com uma 
exatidão tão minha o que eu quero, o que eu devo e
como devo fazer. Não que as opiniões 
não me ajudem também ,ajudam. Mas chega uma hora
que ou você dá ouvidos a si mesma, ou se deixa 
levar por muitas palavras e esquece que às
 vezes só o que falta é você se deixar ser.
Ou você aprende o grande clichê que é ser 
feliz com a própria companhia ou passa o resto 
da eternidade se conformando com pouco 
porque simplesmente tem medo do próprio barulho.
Da própria mente. Da própria verdade. 
Ou você levanta e luta por si, ou passa a vida inteira 
esperando que alguém o faça.


Aline Vallim.



quinta-feira, 2 de maio de 2013

A primeira vez nem sempre dói.

O nome é Aline. Os defeitos são muitos. Mas vou falar de uma das qualidades que mais me deixam com tesão...Eu amo escrever. Eu escrevo,eu me deixo ser pelos dedos.Eu faço com as palavras  o que gostaria de fazer com o mundo, faço-as bonitas.Uns preferem falar e eu amo escrever,nem sei quando começou mas começou assim,como tudo o que há de melhor na vida, de repente.E hoje é a única coisa que eu tenho certeza absoluta que eu farei pro resto da vida.Tenho 20 e poucos anos,sou carioca,o coração é bom e limpo.A vontade de ser mais e mais, é grande.Os amigos são poucos e bons. Uns de longa data,outros nem tanto.Mas todos os meus merecem os espaços que tem.Eu curto a vida como qualquer mulher. Saio, compro, como, me apaixono,danço,choro. Não nessa ordem, é claro.E esse é o primeiro de muitos,muitos,muitos textos...


Aline Vallim.








Esqueci de sonhar.

Reencontrei minha melhor amiga durante o período do ensino médio, brigamos por alguma razão estúpida que nenhuma das duas se lembra. Não é a...