Eu preciso da minha solidão.
Eu sumo. Eu,às vezes preciso escafeder e
se você acha que isso seria um medidor
de confiabilidade,uma pena pra você.
Eu esqueço aniversários, eu não me
apego a horários e nem ao tempo que todos dizem ser o certo.
Eu não sei o que quero da vida, e não
acho nem certo e nem errado não saber, eu somente, não sei.
E acredito que a qualquer hora, essa
luz bata em mim, como o sol na janela do meu quarto, no fim da tarde.
Eu preciso da minha música e eu
preciso,
mesmo que seja só na minha cabeça
romantizar tudo, mesmo que na hora do vamos ver, eu seja a mais realista de
todas.
Na verdade, nem sei se sou.
Acho que finjo que sou mas no fundo
de mim, sempre
tem aquela esperança da reviravolta no último ato.
E fingir ser pé no chão, no final das
contas, é ser...
Mesmo que seja um pouco.
Eu sempre espero que me vejam mesmo
quando
eu não quero ou por alguma razão não me mostro.
Espero que me descubram,como nos
filmes.
Eu tenho talento especial pras
situações complicadas, eu gosto. Sim!
Sou temperamental.
Sou mesmo e não é tão ruim.
Não espere em mim ,uma babá.
Não espere de mim, uma eterna mãe que vai alisar sua caixa craniana sempre que
você fizer alguma besteira.
Mas espere de mim sinceramente,
alguém que vai te ajudar a enxergar e esperar de todo o coração que você seja
alguém ou pelo menos “queira” ser alguém que melhore, que faça com o seu pior
um melhor, a cada dia.
Espere de mim ,ombro, ouvidos,
torcida.
Mas não espere que eu faça festinhas quando
você chega.
Não espere confetes, eu os guardo pro Carnaval e logo em seguida,
eu lembro ...
Odeio Carnaval!
Mas espere que eu me mostre claramente do lado em que eu me
encontro. Porque pra mim, não há como não ser, não mostrar, não delinear, não
separar, não revelar...
Não sinalizar.
E se apesar disso tudo, se você ainda
quiser que eu seja parte de você e da sua vida, então você merece o meu melhor.
Aline Vallim.