segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Completa o tanque de paixão, por favor?

É quase como a cada sentir, o mundo conspirasse para darmos um passo atrás.
E de tanto evitarmos cair, não se vive mais com a mesma entrega.
A paixão desestrutura você. Ela te tira do eixo, tira o equilíbrio.
O que a paixão tem de melhor é o que ela tem de pior.
O que a torna confusa mas um dos melhores sentimentos.
O amor é calmaria, é olhar pro outro enquanto o outro não vê,
encostar uma parte da perna enquanto se dorme só pra não parar de sentir a outra carne.
Paixão é ligação às 3 da manhã, é proposta maluca quando não se espera,
é não gostar do tédio ou  melhor não suportar ele.
Afinal, quem vai querer ficar parado quando se pode ir correndo até a Argentina?
Pelo menos é essa a sensação quando se tem paixão correndo nas veias.
Cada vez menos, nos permitem sentir isso.
Cada vez mais, nós deixamos de querer mesmo querendo.
E eu nem estou falando de amor ou mesmo de paixão. Sabe?
Acho que envolvimento seja de qualquer natureza precisa de reciprocidade.
Ninguém quer casar num primeiro momento mas você quer sim se sentir desejado.
E como todos nós estamos deixando de nos envolver é como se uns pros outros, fôssemos apenas
planos B espalhados pelo rascunho do que queremos.
E ninguém quer se sentir como se tivesse
sido encaixado em uma consulta de última hora.
Não é?
Ningúém.
Eu acho que ainda perdemos as melhores partes.
Desaprendemos a nos envolver genuianamente.
E se isso não é assustador,eu não sei mais o que é.
A palavra não tem mais força, a empolgação dura dois minutos, os sentimentos não afloram...
E a gente segue no revés de encontrar e sentir além do tempo.
E querendo estar longe dos muitos planos e da pouca vontade de expandirmos os laços.
Um pouco de paixão, uns pelos outros.
Pela vida.
Por favor!



Aline Vallim.









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