Tô aqui encarando o computador, nem sei o que eu tô fazendo
aqui. Nem sei o que quero escrever, só sei que eu quero.
A mente bagunçada entre a procura, o questionamento do que
já foi encontrado, e do que se quer realmente encontrar, tudo isso rodopiando
forte num redemoinho parecido com o que ecoa lá fora. Ventania e ruídos grandes aqui dentro e eu sem ter pra onde correr.
A cada novo encontro que a vida nos proporciona, fica o gosto do querer mais da procura
interna de cada um de nós.
Esbarrar uns com os outros pela vida, às vezes é insano. Porque o que temos pra mostrar é maior do que o tempo que temos. O famoso timing. Nada tem a ver com o ser certo, na hora certa, a pessoa certa. Tem apenas a ver com ser. Ou é ou não é.
Esbarrar uns com os outros pela vida, às vezes é insano. Porque o que temos pra mostrar é maior do que o tempo que temos. O famoso timing. Nada tem a ver com o ser certo, na hora certa, a pessoa certa. Tem apenas a ver com ser. Ou é ou não é.
E aí, você tem suas experiências, vida pra contar, cheiros, cores
e barulhos. Vontades, querências que se alternam, se enfurecem e se aquietam.
Eu sei que tem algum motivo pra isso tudo, sigo achando,
sigo sentindo. Eu preciso encontrar.
Me encontrar, te encontrar, encontrar. Preciso. E nem sei por onde começar. Tem aquela
tristeza que sucede aquela súbita exaltação. Ela vem sempre.
E eu aqui,
tentando cuspi-la, encarando o computador.
Já sei o que tô fazendo aqui, tô tentando mais uma vez
descobrir o algo a mais que eu procuro. E eu sei que é você.
Eu somente ainda, não te encontrei, não sei do seu rosto, do seu cheiro e nem dos seus barulhos.
E que eu te encontre justamente quando o timing for nosso.
Aline Vallim.
Aline Vallim.
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