quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Conclusão.

Nada melhor do que te ver.
Pra terminar o ano. Pra fechar o ciclo de 2014 com muita certeza.
Convicção de que você já foi e não mais está ali, presente.
Teu cheiro me é familiar e não teria como não ser.
Me acende o tesão como de costume. 
Mas nada profundo. 
Nada irreparável ou assustador. 
Você já foi.
Sou fácil de cativar e por você fui cativada com olhares 
e sorrisos, e brincadeiras e palavras e um sexo que nem foi o melhor de todos, mas foi bom. Bom sim! Mas nada extremo.
E a maior parte do "bom" era minha mesmo, e não sua.
Não é pelo jeito que você faz ou pela vagarosa 
sequência de palavras bem sussurradas.
O " bom" era da minha vontade de estar com você e da 
minha vontade de ser diferente pra você, como eu nunca fui.
Eu sou diferente, e você deveria ter notado.
Ou se notou, fingiu que não viu.
E isso é o mesmo de não ter sido.
Suas histórias vazias se repetem. 
E você repete o mesmo discurso hipócrita pra você mesmo:
"Eu sou um bom homem"
"Eu sou respeitável"
"Sou um ótimo companheiro"
"Sou um ótimo pai"
E para você, isso basta.
E você põe de lado a lealdade, a irmandade que é tecer 
planos, metas e objetivos com alguém.
E mente tão bem, que você mesmo acredita.
Acredita que todas as suas escapadas sejam 
desculpáveis, sejam compreendidas dentre as 
tantas qualidades que seu ego desmedido tem como certas.
Nada em você é certo.
Reserva outra sala, pra nos reunirmos e discutirmos sobre a vida. 
Mais uma reunião, com ela, com a outra, comigo 
pra chegarmos em uma mesma conclusão.
Eu sim,sou diferente.

Eu estou diferente, estou melhor.
E você termina sendo mais um leviano no meio de tantos outros.
Exatamente do mesmo jeito que eu te encontrei há um ano atrás.





Aline Vallim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Esqueci de sonhar.

Reencontrei minha melhor amiga durante o período do ensino médio, brigamos por alguma razão estúpida que nenhuma das duas se lembra. Não é a...