quinta-feira, 27 de julho de 2017

Quando.

Quando o seu coração tá tão murcho que parece que não tem mais força para bombear.
Quando você pensa que tá tão sozinho, que parece que foi o único "sortudo" sobrevivente de uma explosão nuclear que ao que parece, assolou a Terra.
Quando ninguém te entende, e não importa que você esteja com vontade de chorar deitada no chão até não ter mais lágrimas,  e ninguém consegue ser sensível na hora que você mais precisa. 
Quando você fala mas não consegue que ninguém entenda. Parece que você fala qualquer língua, menos o idioma do resto das pessoas ao seu redor.
Quando você se sente apenas um ajuntamento de moléculas, que ainda não faz ideia do que veio fazer aqui. 
Quando você não sabe do seu futuro e também tem medo de saber. 
Quando não vê nenhuma possibilidade de melhora ou nenhuma reviravolta que de alguma forma possa te fazer sorrir de novo. Quando esboçar um sorriso genuinamente parece um sacrifício. Há momentos de extrema tristeza, como esse agora, que sento em frente ao computador e choro copiosamente querendo com todas as minhas forças ser salva. Ao mesmo tempo, eu sei mais do que posso explicar que a única coisa que não devemos esperar de ninguém é salvamento. Mas às vezes, é mais forte. 
Nesses momentos quando os "quandos" são muitos, e quando a gente não encontra remédio, é bom chorar. Mesmo com medo de se afogar. Mesmo que seja difícil de parar. 
Soluce, fique sem ar, queira morrer e daí então volte mais forte. 
A gente não tem muita escolha, quando começa a chover. Não é?
Temos que esperar passar.


Aline Vallim.

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