terça-feira, 5 de abril de 2016

A todos os que entendem o significado da palavra perda.

Amar alguém nada tem a ver com a cor da pele, com a beleza dos traços, com o que os amigos falam.
Nem sei se tem a ver com questão de ideologia...
Na verdade não sei o que conta, o que define, o que permite duas vidas se entrelaçarem.
E tampouco o que as faz permanecer juntas.
Torcendo, querendo estar junto, se importando, tentando consertar e poupar o outro.
Batalhando por apenas passarem o maior tempo possível totalmente juntos.
Se doer pelo outro, se preocupar, não comer porque o outro não está bem.
Se envolver tão genuinamente assim te leva um pouco embora mas te traz de volta à si.
Construir uma vida, montar um quebra-cabeça só de vocês...
Depois que você se desarma, se entrega, se desconstrói pra que te
reconstruam, eu imagino como será perder alguém que você ama assim, nesse nível? 
Como é estar com alguém durante a tarde e logo depois receber a notícia que essa pessoa
não é mais aquela pessoa.
Ela apenas se tornou um corpo, que ocupa um espaço.
Mas não te reconhece, não te dá beijos, não te braça, não sorri com o
seu sorriso ou gargalha das suas piadas.
De uma hora pra outra, a vida te levou quem mais fez por você.
Quem mais esteve com você em todos os momentos.
Você tentou ter esperanças de que tudo daria certo, rezou mesmo não sendo religioso, torceu,
tentou manter o otimismo.
Ou não, se entregou...
Voltou a fumar, voltou a beber, parou de comer...
Você já sabia antes de saber e não interessa qual tenha sido a sua postura mediante a uma
perda na sua vida, você fez o que pôde e ninguém pode dizer o que seria melhor.
Ninguém sabe como a sua vida se desenrolará daqui pra frente.
Ninguém pode te julgar, ninguém pode tentar imaginar.
Ninguém tem esse direito.
Você se encontra em uma posição agora, desfavorecida sem foco, sem referência...
Eu nem imagino, como dito, ninguém tem o direito nem de ao menos
tentar pressupor.
À todos que sofreram algo desse tipo, apenas boa sorte.
Que melhore, que o vazio diminua.


Aline Vallim.



terça-feira, 1 de março de 2016

Eu quero sintonia.




Eu, no meio do salão, me sentindo bem.
Completa, tranquila.
Não sei explicar, mas é a primeira vez em muito tempo que o coração está vazio.
Não é que eu goste, não é que eu não queira preenchê-lo, mas eu percebi
que é tão bom estar comigo mesmo.
Ou a sintonia é a mesma, ou não tem conversa.
E se tem uma coisa difícil de encontrar é sintonia.
Se é pra ficar tentando encaixar, dando desculpas
infinitas ou escutando lorotas, não quero.
Tô com preguiça.
Quer encaixar comigo e eu não quero?
Eu quero encaixar com você e você não quer?
Então, passa fora!
Não percamos tempo.
Não sejamos bobos!
E novamente, eu olhei pro salão, o lugar era lindo,era ao ar livre.
Bonito, iluminado, tanta gente bonita...
E eu parei pra pensar se todos se sentiam como eu.
Depois de tanta coisa que a gente passa, com a armadura tão grande, murosquase intransponíveis...
Eu estava bem mesmo, eu estava curtindo as amigas, vendo e reparando em seus sorrisos.
Nada paga isso.
Nada paga meus laços que construo em cada situação e os que são
de muito tempo e cuidados com amor.
Eu não espero ninguém, por mais que eu queira.
Eu só me tenho.
E é a única garantia que eu tenho de felicidade.
Ou eu tenho conexão real, ou eu tenho interesse genuíno ou
eu não tô a fim de mais nada.
Se eu não sou esse alguém ou você não é, eu não estou disposta a
preencher lacunas, ou matar carências que só me aliviam por um minuto. Para no momento seguinte, voltarem a me incomodar. Quero verdade.
Tô pronta pra ser o melhor.
Tô pronta pra ter o melhor.


Aline Vallim. 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Postura combativa.

Acho que a empatia vai mudar o mundo.
Acho que não podemos fingir que não escutamos ou vemos
cada palavra ou atitude agressiva contra as pessoas apenas porque elas
não são como julgamos "normal".
Tem que casar até 30?  Não.
Tem que amar homem sendo mulher?
E mulher, sendo homem? Não.
Tem que ganhar R$ 5.000,00 pra ser considerado
alguém bem-sucedido?
Tem que ter planos pra vida desde os 17 anos?
Tem que saber o que se quer fazer pro resto da vida desde quando
se acaba o Ensino Médio?
Tem que ter uma rotina pré-estabelecida pra vida toda pra ser considerado
dentro da normalidade?
Acho que estamos todos indo por um caminho esquisito...
A cada "se me deu de primeira é puta"ou
"se não casou  até agora deve ter algum problema..." que escutamos e não reagimos, nos anulamos.
Ou a cada "viados são todos promíscuos" que presenciamos e nada fazemos, nós
ajudamos esse mundo a ser mais falido, limitado e acéfalo.
Mesmo achando que nada mudará, se conseguimos mudar uma cabeça já
conseguimos mudar o mundo.
Pelo menos, o mundo de alguém.
Pelo menos, menos um pouco de amargura.
A cada vez que você se cala, você se torna mais medíocre.

Não importa se quem falou alguma asneira foi o seu pai ou
um senhor de 79 anos, em alguma fila de banco, como já aconteceu comigo nos dois casos,
você tem por obrigação tentar desconstruir uma mentalidade pequena.
Você não pode se calar.
A cada "não discute, não vai adiantar nada' que você obedece você se torna menor.
Você não precisa ser nada do que os padrões já estabelecidos te dizem.
Você apenas tem que ser honesto, ganhar o seu dinheiro pra bancar os seus gostos,
estar em dia com o tesão que rola dentro de você, fazer o que estiver a fim,
respeitar seu próprio tempo e levantar suas próprias bandeiras.
Lute as suas lutas. E as lutas dos seus irmãos.
E quanto ao resto, deve apenas ser uma pessoa gentil, porque tem um pessoal aí
precisando urgentemente.



Aline Vallim.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Completa o tanque de paixão, por favor?

É quase como a cada sentir, o mundo conspirasse para darmos um passo atrás.
E de tanto evitarmos cair, não se vive mais com a mesma entrega.
A paixão desestrutura você. Ela te tira do eixo, tira o equilíbrio.
O que a paixão tem de melhor é o que ela tem de pior.
O que a torna confusa mas um dos melhores sentimentos.
O amor é calmaria, é olhar pro outro enquanto o outro não vê,
encostar uma parte da perna enquanto se dorme só pra não parar de sentir a outra carne.
Paixão é ligação às 3 da manhã, é proposta maluca quando não se espera,
é não gostar do tédio ou  melhor não suportar ele.
Afinal, quem vai querer ficar parado quando se pode ir correndo até a Argentina?
Pelo menos é essa a sensação quando se tem paixão correndo nas veias.
Cada vez menos, nos permitem sentir isso.
Cada vez mais, nós deixamos de querer mesmo querendo.
E eu nem estou falando de amor ou mesmo de paixão. Sabe?
Acho que envolvimento seja de qualquer natureza precisa de reciprocidade.
Ninguém quer casar num primeiro momento mas você quer sim se sentir desejado.
E como todos nós estamos deixando de nos envolver é como se uns pros outros, fôssemos apenas
planos B espalhados pelo rascunho do que queremos.
E ninguém quer se sentir como se tivesse
sido encaixado em uma consulta de última hora.
Não é?
Ningúém.
Eu acho que ainda perdemos as melhores partes.
Desaprendemos a nos envolver genuianamente.
E se isso não é assustador,eu não sei mais o que é.
A palavra não tem mais força, a empolgação dura dois minutos, os sentimentos não afloram...
E a gente segue no revés de encontrar e sentir além do tempo.
E querendo estar longe dos muitos planos e da pouca vontade de expandirmos os laços.
Um pouco de paixão, uns pelos outros.
Pela vida.
Por favor!



Aline Vallim.









quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

"Hold fast hope. All your love is all I've ever known..."

First time, I saw you.
Never forget how shiny you looked like.
I felt like my blood was speed racing through my veins.
It's like I became alive in that single moment.
I never knew how to put into words.
I didn't know that feeling.
Or knew that it could be that simple.
We were together easily, no hard trying.
Not trying to figure it out.
Not missing you  because you were mine.
You were there.
There was no reason to cry.
I wasn't expecting to find you.
But I did.
One moment changed all.
All that I've ever felt.
I could finally hold to my hope and dreams for the first time in life
without feeling stupid or defenseless.
I was fine.
That was real.
We were for real.
I still look at you nowadays and feel like there's magic.
There's hope.
You are here making the whole world dance.



Aline Vallim. 




terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Eu só escrevo.

Eu escrevo porque eu sinto.
E qualquer coisa que motive o mínimo de sentimento, que seja raiva, paz, amor, tesão...
Se eu quiser e achar proveitoso, vira texto sim.
E eu não preciso que você ou ninguém se intimide com isso.
Não quero atingir ninguém e nem me declarar o tempo inteiro.
Eu só quero escrever.
Não pense você que sempre tem destino, as minhas palavras.
Às vezes eu quero falar de algo que já me atingiu há mil anos ou ontem.
Às vezes eu quero só me desfazer de algum sentimento.
Mas na maioria das vezes mesmo, eu só quero jogar palavras no mundo.
E é só porque eu acho lindo.
E porque eu acho que uma coisa que eu faço bem e me orgulho disso.
É terapia.
Se você se intimida e sai correndo, você me desculpe.
A intenção nunca foi essa.
E pensando bem, me desculpa não.
Afinal quem tem que encontrar um  jeito de lidar com isso é você.
Ou lidar com pessoas que tenham qualquer outro tipo de hábito.
E que você considere mais saudável.
Ou menos perigoso.
Mas eu tenho que continuar escrevendo, se não eu explodo.
Se não, fica tudo triste.
Então, você me deixa aqui enquanto vivemos algo ou não, sem medo...
Porque não necessariamente eu utilizo das linhas pra te atingir.
Nem sempre, eu disse.
Só se você fizer por merecer.
Só se você der um bom texto.
Bom, pelo menos.
Embora, eu prefira os excelentes.


Aline Vallim.




quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Há quanto tempo você não faz alguma coisa pela primeira vez?

Há quanto tempo você não decidiu por si e só por si, se surpreender?
Há quanto tempo você não se desarma?
Há quanto tempo não vive algo com os dois pés lá dentro?
Há quanto tempo não escolhe escolhas diferentes??
Acho que se temos essa predisposição a não entrarmos em um mecanismo
robótico com relação as situações na vida, somos capazes de viver mais intensamente.
E pra isso, temos que nos deixar por aí.
Pro mundo, pras possibilidades, oportunidades que vêm sem parecerem nada além de mais uma chance de perdermos tempo.
Mas vai que você tá errado.
Mas vai que tudo muda a partir do seu sim, do seu peito aberto, da sua decência e sinceridade
para com os outros, mas também para com você.
E com o que você sente.
E com o jeito certo de se fazer as coisas.
Não se afaste de você.
Se faça feliz.
Vai que você não perde tempo.
Vai que você ganha história.
Se solta.
Se deixa.
Coloca seu salto ou seu all star.
Coloca seu batom vermelho ou azul, e vai.
Mete o pé, acelera.
Não se esquece que tudo pode ser muito bom.
Tudo pode ser maravilhoso.
Você pode viver coisas que nunca imaginou.
Comece pelas pequenas coisas.
Quando foi a última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez?
Quando foi?
Se você, nem ao menos consegue se lembrar, então por favor...
Comece!
Encare os medos, os estereótipos criados por você mesmo, as dificuldades
de seguir acreditando nos outros...
Encare.
Só vá!



Aline Vallim.





Esqueci de sonhar.

Reencontrei minha melhor amiga durante o período do ensino médio, brigamos por alguma razão estúpida que nenhuma das duas se lembra. Não é a...