terça-feira, 4 de junho de 2013

E de vez em quando,eu lembro de você. E parece que você nunca me deixou.

E eu aqui. Mais uma vez parada no tempo.
Parada na sua língua tão hábil.
Capaz de me levar pra qualquer que fosse o lugar.
Inferno ,paraíso,tortura de ser quem você quisesse.
E pra você estaria bom qualquer meio- termo ou mediocridade que eu resolvesse vestir
para simplesmente parecer que eu me adequava ou me adequar, de fato.
Eu sempre esquecia de  mim. E do que eu sentia e sabia.
Porque mulher, meu bem, sempre sabe.
Ela finge que não. Finge que quer dar tudo de si pra que algo fugaz dê certo.
Mas ela só não quer sofrer. Afinal ,quem quer?
E o seu  "amor, você é especial." ainda me faz sentir uma dor aguda e forte no peito
por pensar que o seu cheiro, sua saliva, seus dedos são dela.
Seu jeito safado de conviver e se fazer presente são dela.
Porque você não quis dividir comigo nada mais do que alguns momentos.
Um dos mais importantes da minha vida. Outros vazios.
Outros mais obsoletos e guardo comigo as memórias do seu carro, do meu play,
da sua rua, do motel e do chocolate que você me deu.Dos lugares pros quais
viajou e me contou com tanto orgulho, das suas pretensões que me
relatava de uma forma tão ansiosa.
Porque algumas coisas simplesmente não saem da mente jamais.
Eu fui um joguinho, uma revista velha ou talvez eu seja também uma agradável lembrança.
Mas isso ,eu nunca vou saber.


Aline Vallim.

Um comentário:

  1. Nossa... Minha atual situação...
    Parece que você escreveu para mim...

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