Se não é, precisa ser.
Ou você se torna refém do mal-me-quer.
Ou de um bem-me-quer que não é pra ser, e sendo assim, se torna o seu inferno particular.
Eu fui pega de calças arreadas.
Mais uma vez.
Não programei minhas ações.
Nunca consigo, não faz parte de mim.
Mas também né, como me programar pra você?
Pro que eu sinto?
Pro que você me desperta?
Juro que nunca mais quero ver sua cara.
E quando você está perto, já te quero pro resto dos meus dias.
Por que será que você é tão meu?
Por que será que tem que ser assim?
Por que será que a sua boca é a melhor de todas?
Por que será que seu cheiro é tão meu, mesmo não sendo.
Você tem cheiro do meu lugar, de onde eu me sinto bem.
Do meu quarto. Do meu cobertor.
Você combina comigo. E eu,com você.
Seu sorriso é meio tímido e eu não sei o que esperar dele.
Não sei mesmo, se é quem parece para mim, ou se é quem os outros, dizem ser.
Não sei a verdade, nem o que eu sinto.
Nem do que vai acontecer.
Sei que é inútil tentar fingir.
E nesse jogo, não interessa o quanto eu pense que já aprendi a jogar.
Toda vez que a sua voz ecoa, eu tiro aquela
velha e temida carta: "Volte 2 casas".
E eu volto, recuo, retrocedo, implorando que eu
aprenda logo o truque, que eu descubra
o macete e consiga vencer sempre em todas
as rodadas, partidas com você.
Por enquanto eu voltei 2 casas e ainda tô
esperando a minha vez de jogar.
Aline Vallim.
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