terça-feira, 3 de junho de 2014

Deixa eu ir, pra eu poder voltar.



Sabe quando tudo continua errado?
Para mim é sempre mais difícil.
Difícil me conter, me limitar, mudar, disfarçar.
Eu não consigo, eu me atropelo.
Eu transbordo em mim mesma.
E todas as tentativas de ser melhor, se esbarram na urgência que vai dentro de mim.
Sou autoritária.
Sou mandona.
Sou mais do que eu posso aguentar ,na maior parte do tempo.
Nem eu me sei lidar.
Como cobrar?
Como querer que um outro alguém saiba lidar?
Como conseguir me encontrar nesse
mundo de defeitos e qualidades
que eu me escondo.
Sou tão dura e imbatível, que nada mais sou, além de uma poça
de doçura.
Não consigo me achar, porque não sei me perder.
Não consigo me deixar solta a ponto
de ser notada, em todo o meu eu.
Uso o meu patuá que ao meu ver, é uma dureza que não pode ser
burlada ou enganada.
Mas não é.
E eu não sei destruir essa necessidade de me fazer forte, que vem não sei de onde.
Eu preciso me recompor, enxugar as lágrimas e seguir em frente.
Eu não sou perfeita, tão cheia de erros e desesperada por ser melhor.
Tão parecendo uma fera mas nem chegando perto dessa visão distorcida
que eu mesma quero passar.


Aline Vallim.

Um comentário:

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