Eu não gosto de fins mal definidos, mal interpretados, ou mal esclarecidos. Gosto sempre de deixar destacado com o marca texto mais potente o que me leva a cada decisão tomada. Gosto de esmiuçar também as razões do outro, mesmo sabendo que as justificativas que devem te deixar em paz são apenas as suas. Afinal, não podemos exigir qualquer posicionamento do outro, se esse não vier espontaneamente. Então, presumo eu em minha inocência, que podemos apenas nos responsabilizar e preocupar com o que somos e como nos comportamos. Nunca com o que diz respeito ao outro. Porque está fora de controle. Se é que alguma coisa está (no controle). Por essa razão, sigo certa de que fui até a última gota de vida, tentei tudo, fiz tudo e aí então, mediante a qualquer negativa persistente, eu sigo em frente. Encerro um capítulo.
Quando eu quero algo, vou até o fundo.
E justamente, dessa vez, por querer demais, desisti. Antes de mergulhar, antes de me jogar e me arriscar. Há sinais, que apenas veem com a vivência, que te ajudam a andar em terrenos incertos. Malícias que se instalam em seu peito e de forma orgânica, te fazem menos cor de rosa, menos purpurina. E um pouco mais cinza, consegue-se ler os sinais. Eu percebi em você, que o nosso erro, não era motivo de constrangimento, percebi que a vontade de vulgarizar a sua palavra para com outras pessoas de repente, era algo falado de forma bem descontraída. Mais do que deveria. Percebi que dessa vez, não cobrar uma postura de dignidade, de hombridade, poderia ME custar caro.
Quando você permite que ajam com você de um jeito coberto de desfaçatez, pode ser que seja impossível recomeçar. É difícil. É uma linha tênue entre saber deixar as coisas rolarem e cobrar demais, mesmo cedo demais. É por demais, complicado. Muitos erros e equívocos, antes do gol de placa.
Bloqueei da minha vida. Não dei chances. Porque dessa vez, eu estou cansada. Cansada demais. Com os pés, o peito, os olhos cansados. Queria mais uma vez, ter dado todas as chances possíveis. Mas não pude. Eu preciso de paz. Me dei esse direito. Mesmo tendo te querido antes mesmo de te tocar. Mesmo sabendo que teu gosto de hortelã era o melhor do mundo todo. Mesmo assim.
A impulsividade, que vejo em mim é a minha melhor qualidade. Pensei ser fraqueza, pensei ser imaturidade, pensei ser motivo pelo qual o Karma vai escolher em algum momento próximo, zombar de mim. Pensei ser o que me diminuía justamente por me fazer com tanta plenitude, viver em erros. Pensei várias coisas. Mas essa é apenas uma qualidade minha, uma virtude, a minha grande coragem. Que por escolha dessa vez, pela primeira vez, resolvi abdicar.
Eu não sou essa mulher ao seu lado, que chorando vai pedir para você ficar, para não me deixar e vai te manter por perto, sei lá por quais razões.Você vai quando quiser, e vai ficar se assim desejar.
Mas sou aquela que de repente vai faltar com a própria palavra quando o assunto for você. Vou jogar minha palavra ao vento, e não vou me importar nem sequer por um minuto porque vou ter você.
Vou dizer não para mim mesmo, sem ninguém ouvir, e me acharei super forte e certa de meus atos, para no minuto seguinte, estar gemendo bem alto enquanto você está investindo com força dentro de mim. Porque não resisto, porque quero acima de tudo. Eu nasci pra desejar, pra querer, com fogo e fúria. E se algo me desperta isso, eu vou.
Não quer dizer que eu vá fazer isso sempre, todas as vezes. Me presenteio com o pleno exercício da liberdade que me cabe. E mesmo a palavra sendo tão importante como tenho certeza que é, não me tornarei escravo dela, se pra isso tenho que me distanciar do que realmente quero.
Descobri hoje, aos trinta e poucos anos, que minha então fraqueza é a minha maior força. Descobri em mim, que os erros me fazem viver. Me fazem ter o que contar. E descobri também que não quero para mim, os mesmos erros de sempre. Para sempre.
Então, precisei não querer você. Precisei.
Aline Vallim.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Nas paredes da mente.

Bem agora, a cabeça transborda, ferve. Eu tenho tudo sob controle.
Não tenho.
Contas, amor, vontades, princípios, certo, errado, devo, não devo...
Dilemas eternos e diários, pequenos, grandes.
Proporções, ações, reações. Eu tento equilibrar, nunca dá.
Música sempre antiga,bebida sempre quente. Ansiedade tomando um pouco a frente como faz parte de mim, as relações sempre excêntricas, o cabelo é curto, esmalte escuro, pés descalços, preguiça e hiperatividade dividindo espaço dentro. Perfume, comida, quase nenhum sono, muito sono.
Eu deito e levanto umas mil vezes, pensando no que fazer.
Vou, não vou? Faço, não faço?
Dá ou não dá?
Com o tempo pensei que ficasse mais fácil mas só fica mais difícil.
Hoje, um dia daqueles no qual tudo roda, e permance correndo de um lado para o outro nas paredes da mente. Aquelas vozes que gritam que você está totalmente equivocada, precisa mudar as coordenadas que traçam seu caminho.
Mulher, a vida não é o que era. Não é. Já faz tempo.
Eu não sou aquele caos que a juventude tem como inerência mas também, não sou a perfeita harmonia que procuramos, mesmo sem saber ao certo se a calmaria nos apetecerá.
Tenho quase certeza que não. Mas a gente continua.
No meio da multidão todos nós queremos ser especiais, nem que um pouco, por um momento.
E eu aqui, cansada de tentar entender o porquê dos jogos, das mentiras, das tentativas que a gente concede a situações, as quais sabemos que já estão fadadas ao fracasso. Esperando a reviravolta do terceiro ato, que dificilmente vem. E se decepcionando mais uma vez. Pra dizer a si mesmo, que da próxima vai ser diferente mas nunca é.
Sentindo, e por considerar o sentir demais e a razão de menos, na maioria das vezes, nos equivocamos. Colocando a pele, o querer em primeiro lugar. Se distanciando de quem realmente somos, mesmo em pequenas atitudes, alguns gemidos e gotas de suor. Arriscando comprometer a pouca paz que com tanto esforço e força, conseguimos.
Tenho talentos que eu não sei para que servem ou o que fazer com eles, caminhos que eu poderia ter seguido, que possivelmente me levariam gentilmente pelas mãos pra onde eu desejasse. Onde quer que esse desejo estivesse. Mas nunca segui, nunca fui. Apontei para um caminho mais confuso, e fui. Tive fé, e ainda tenho que um dia vou aportar e meu coração vai sentir o amor, a paz, o pertencimento que eu desconheço. E anseio.
Às vezes acho que vou morrer cedo.
Às vezes eu entro em pânico, por vezes eu acho que tô parando de respirar.
Às vezes eu murcho e entristeço. Às vezes.
Eu não me perco mais de mim, mas solto minha mão como quem é atingido por uma onda e é jogado com força pra outra direção. Me recupero em seguida. Respiro e conto até 10. Quando chega ao fim da contagem, eu ainda me encontro com o coração batendo forte acelerado, bem mais acelerado do que deveria, mas eu sei que vai passar. Sempre passa. E a vida vai caminhando, vai se desenrolando, vai tomando a forma que deve, independente dos erros, dos acertos, das vontades.
Seguimos, ofegantes, inquietos, tranquilos, ansiosos, nervosos, felizes, satisfeitos, impacientes...
Seguimos.
Aline Vallim.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Meu gatilho mais doce.

E dentre essas distrações, obrigações, deveres, prazeres,
depois que um gatilho é disparado, eu não consigo parar.
Sempre me vem à cabeça, a mesma imagem. O mesmo contorno que é do seu corpo bem na minha frente, essa coisa que você faz com a bochecha e seu olhar de rabo de olho, enquanto eu faço alguma careta.
De uma forma covarde, você é a minha paixão mais platônica, um desejo infundado, eu sinto o seu cheiro, sem nunca ter sentido. Seu gosto tá aqui, na minha língua e de fato nunca esteve.
Eu quero muito te sentir ofegante, perto da minha boca, eu quero realmente sentir a sua pele tocando a minha de uma forma rude e delicada, ao mesmo tempo.
E quando penso em você fico inquieta, quase explodo com essa vontade e nada me resta. Nada além de imaginar você aqui entrelaçado em meio as minhas pernas, pesando em mim, forçando a proximidade à ponto de nos tornarmos um, enquanto me olha e fala umas bobagens bem ditas aqui no meu ouvido e usa a língua de forma muito bem coordenada.
Você nunca me fez nada de mau e eu tenho vontade de te bater, e fisicamente expor essa raiva de ser tão atingida por você. Acho injusto, acho um ultraje, só porque te quero muito.
Não gosto de você, porque gosto além do que posso explicar.
É como admirar uma foto, ou sei lá, uma pintura famosa. É irreal.
Talvez você seja como os outros, e por um lado positivo,
é bom pensar que a chance de isso se provar não tenha surgido.
E quando apareceu, por segundos nos foi tirada.
Eu fico com a melhor parte, essa parte que me diz que você é diferente, que você vale a pena.
Esse, porventura, pode ser o lado positivo.
Talvez eu nunca possa comprovar isso, mas fico com os melhores e piores pensamentos ao seu respeito. Me dou esse direito. A lascívia espertada segue uma progressão incontrolável, é como estar algemada e ser de todas as formas estimuladas. É insuportável. Mas eu gosto.
Contudo, eu espero o dia que você vai me apertar, que vou ter seus dedos marcados em mim, como um lembrete agradável e dolorido que você foi meu. Talvez por uma noite, talvez por mais.
Talvez nunca, talvez sim.
Aline Vallim.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
2016.
É como se os dedos pedissem um texto.
A cada decisão que se toma ou a cada ciclo que se fecha. Redondo. Certo, mesmo errado.
É como quem diz, analisa, para, pensa, reflete e se atenta para o que mudou. E eu vou lá, e querendo escrever, escrevo.
Eu dei passos importantes considerando a minha individualidade, ao que me fazia bem.O que eu queria para mim. Neutralizei pessoas que me faziam sentir culpada sem razão, que por algum motivo me magoaram com mentiras,tanto a meu respeito como a respeito delas mesmas. Por sei lá quais razões. Não fui a pessoa que esperavam, fui a pessoa que eu esperei pra mim. Por mim. Doei meu tempo e ouvidos para quem merece de uma forma pura, doei para quem doa também puramente por doar. Esperar por reciprocidade não é egoísmo nosso. E há de se entender isso, a fim de não entrar em mil armadilhas. Relações fadadas ao mesmo destino.
Mas a gente, só entende e melhora no tempo certo. Ao que me parece, eu melhorei. Meu tempo chegou.
"Ahhh mas se for assim, vai fazer algo para alguém sempre esperando por algo em troca."
Pode parecer isso, aos olhos de alguém, até porque é uma linha tênue entre o egoísmo e o aperfeiçoamento da individualidade. (Mas é apenas você escolhendo quem pode e deve estar próximo à você. Dividir com você, a sua história.)
E resolver isso dentro de nós, entender que podemos querer o melhor para nós, e não apenas esperar que os outros o façam por nós, até porque eles podem não fazer, não é errado. Não é. Podem nos decepcionar, ou nem isso porque me parece uma palavra forte, eles podem não agir como nós esperamos. E não dá para esperar para todo o sempre atitudes que coincidam com as nossas.
Esse ano, eu precisei ouvir mais de mim mesmo, do que a vida dos outros.
Talvez para algumas pessoas, Aline egoísta. A verdade, Aline melhor.
Mais sã, mais sábia com relação a si. Dando ouvidos ao que eu escolhi por necessidades que poucos sabem, eu tive. Cada ano um grão melhor, um porcento mais perto de ser quem eu quero. Tô mais perto.
Há fases que você se resolve misturando-se a massa, mas há outras em que você tem que se perguntar algumas questões e lidar com as respostas. E dessa forma, às vezes nem todos saberão te ler, ou terão a boa vontade de tentar.
Ansiedade, a descobri de uma forma quase que sem controle. Ela pode parecer muito assustadora, mas a gente não para de tentar. E vai melhorando. Sempre vai.
Parei de me justificar, meus "sims" e meus "nãos" não precisam a todo momento de explicação. Contextualização. Às vezes, eu não quero só porque não tô a fim. E às vezes eu quero só porque estou.
Aprendi que ter vontade de sentir, não é sentir. As projeções continuam sendo as minhas perdições, a minha perda de tempo, a minha fraqueza. A minha romantização de pessoas, situações, de possibilidades pode ser perigosa mas pode me dar o que falta pra eu pular e isso pode ser bom ou ruim. Ruim, bom!
Tive mais e mais certeza ainda do que queria pra mim. Respirei um ar puro que em muito eu não respirava.
Eu tive ainda mais certeza de que quando a gente muda, o mundo muda com a gente e para a gente.
Me enriqueci com relações, com conhecimento, com risadas, com levezas do dia a dia, que nos tocam como a brisa. E se nós não estivermos prestando atenção, elas se perdem de novo. Uma fração de segundo, um momento e talvez você perca uma descoberta, uma revelação, uma transformação. É preciso estar atento aos detalhes. Consegui detectar alguns padrões de comportamento, e assim detectando-os, mudei caso tenha tido necessidade. Mudei. Eu mudei! Tão lindo de escrever.
Clareei o cabelo, coloquei o piercing no nariz que eu queria faz tempo. E na hora de furar, fiquei surda, tive falhas na coordenação motora, enfim. Descobri comidas, músicas, toques, jeitos, prazer onde eu não notava. Em quem eu não esperava.
Não conheci ninguém esse ano que eu gostaria de ter "desconhecido". Me (re)encontrei com pessoas que já estiveram por aqui, e voltaram. Dei adeus para algumas de vez, de forma irremediável. Foi um ano de muitas descobertas ou (re)descobertas. Foi um ano pesado para o mundo, mas foi um ano bom para mim. Para essa pessoa.
E nesse penúltimo dia desse ano de caos, eu me encontro em mim mesma, sem parecer que preciso estar em nenhum outro lugar, só bem aqui dentro de quem eu sou. E de quem me torno a cada dia.
E isso é lindo.
Então, tchau 2016. Obrigada por tudo. E vem 2017 aí, novinho!
E já me deu onda!
=)
Aline Vallim.
domingo, 11 de dezembro de 2016
Qual cor esconde sentimento
O amor, diga-me tua cor?
Misturando em diante o rancor
Diga certeiro, mudou de cor?
Qual é a cor da ansiedade, da insegurança, da correspondência talvez incerta.
Qual é a cor?
A paz, branca como nos livros, indago-te, entao, azul?
Por que nao?
Em qual tom esconde tua ilusão
Caro irmão
Desafio-te a mostrar a cor do vento
Puro por sabedoria
Do inicial sentimento
Sinta a qual emoção
Transforma seu tom
Mas onde não há nada, nem uma nuance como lá pode haver a sua paz? Branco?
Do vermelho, instintivamente, pensamos na paixão e no inferno.
Diga-me, por qual razão?
Em pensar no poente transforma o teu anil em rosa.
E em falar das rosas
Belíssima mãe Terra
Nos dá todas as cores
a transformar em sensação
Por que não?
Me diz.
Onde as emoções se escondem
E se as entendemos transcrevemos, é tudo tão diferente.
Meu amor é tom pastel
Meu medo tem vários tons que desconheço
O preto te cai bem?
Qual a cor que te seduz
Diga-me também.
São tantas sentenças, de tom em tom perdemos a cor, tantas definições flertando com as não definições. São apenas sensações.
Sortudo tu
Que extrapola a reticência.
As moças.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
O dono das palavras.

Você é tão meu. As suas palavras e jeitos de expressar o seus pontos de vista me deixam tão sedenta que nem sei por onde começo, quando te vejo por aí em ardidas discussões, travando batalhas verbais rebuscadas e vencendo, colocando no bolso qualquer um com seus argumentos.
É como me deleitar, eu gosto tanto do seu cérebro, do seu cheiro, e do seu gosto que nem sei achar palavras.
Sinto uma admiração imensa por você, por ser tão grande e maior do que tudo. E um vazio inerente por você não ser tão confiável quanto eu precisaria que fosse pra eu me apaixonar.
Um vazio e um alívio, diga-se de passagem, porque me apaixonar por você seria fatal para que eu pudesse viver a minha vida de forma plena, limpa, inteira.
Você é um dilema, uma controvérsia, um paradoxo poderoso.
Eu me afasto de quem eu quero ser com você, ao passo que tenho certeza que seria justamente quem eu gostaria se estivéssemos em outras circunstâncias.
Entre sumiços, mensagens, ligações e brigas ainda não entendo o que sinto.
Deve ser a minha velha mania de me apaixonar por projeções, pelo que eu queria que fosse mas não é.
Por quem você é, mas não é pra mim.
Por quem você é, mas não é pra mim.
Não quero te afastar ou me desfazer de você, mesmo ocupando um espaço pequeno nos meus cenários, ainda sinto que me despedir de você seria algo que não conseguiria. Voltaria e tentaria te recuperar porque não quero esquecer de você ou nunca mais falar.
Te admiro aqui de longe, flerto com você quando aparece, coração palpita quando vejo seu nome em alguma notificação de alguma rede social.
É surreal, é intenso. E eu nem ao menos, sei do que se trata.
Fica aqui, se mantenha mesmo que distante, presente.
Fica.
Aline Vallim.
terça-feira, 8 de novembro de 2016
Hortelã.
Tinha tempo que eu não via um pouco de inocência e nem eu mesma sei se vi, ou se preferi ver.
Lembro de olhar para você, pelo menos umas duas vezes, com uma cara de bocó porque quando eu te via, eu meio que me surpreendia com tanta boniteza. E continuei a me surpreender e nunca mais parei. Olho suas fotos e sinto um calor gostoso, como se o corpo tivesse ido a praia em uma daquelas férias gostosas de fim de ano em alguma casa de praia aconchegante. Me preenche, me deixa cheia de lembranças que eu ainda nem tenho. E é claro que tudo se mistura, inclusive aquela vontade de amar, com a vontade de sentir exatamente o cheiro do seu corpo, e o gosto dessa saliva que eu juro por todas as Deusas que deve ter gosto de Hortelã bem refrescante, assim como a sua presença.
Você tem cara de história boa, que eu quero contar muito.
Tem cara de safadeza gostosa, que eu quero passar um tempão fazendo.
Tem essa cara bonita de aventura, ciúme, loucura... Que cara essa sua!
Mas assim como a inocência e as férias de fim ano, algumas coisas chegam ao fim.
Lembrei que você não existe, nunca existiu e eu quis mais do que tudo o que pensei que nos tornaríamos. Não houve tempo e pode ser que nem no futuro a gente conjugue esse verbo.
Lembrei que você foi se esvaindo motivado sei lá por quais motivos. Mas é claro que os teve.
E quem sou eu para procurar encrenca para mim e para os outros?
Quem sou eu para representar abandono e culpa?
Quem sou eu pra cometer os erros de sempre?
Eu não sou assim, eu sou tão mais. Eu sou certeza, sou garantia. E é exatamente o que eu procuro na reciprocidade de qualquer aproximação.
E você também.
Eu nem sei se quero terminar esse texto porque prometi para mim que depois dele, nenhum mais será escrito sobre você. Porque senão a gente nunca se despede e eu quero muito me despedir. Não dá pra entregar em uma bandeja de prata, um lugar tão grande num cenário que não se quer ocupar.
Eu só precisava escrever sobre isso, hoje foi um dia longo e eu pensei bastante e eu...
Só precisava escrever.
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