quinta-feira, 1 de agosto de 2013

"Perder-se também é caminho", já dizia Clarice.

Perdas: as vivemos ,as sentimos, as prevemos,
sofremos por elas sem nem ao menos, termos passado por todo o alvoroço e bagunça que deixam.
E com você, não foi previsão, foi realidade.
A perda  que me azedou um tanto, me fez perder um pouco da doçura, um pouco da fé, da fé em mim. A pior das perdas.
Eu só queria ser o que você queria e procurava.
E me coloquei na estante, me coloquei de lado, me esqueci, me negligenciei, desfoquei de tudo o que importava.
Já chorei, já me desfiz, já me refiz, já me reinventei.
E aos poucos toda a cor, as luzes, o brilho, a leveza foi voltando.
Eu pensei nunca mais retornar, nunca mais conseguir olhar pra mim com olhos piedosos porque eu perdi  o que mais me importava.
Mas na verdade a culpa não foi minha, você nunca me pertenceu e isso era muito claro e agora eu vejo como um raio que ilumina todo o caminho.
Mulher insiste, persiste, cisma... E não vê o que está lá a encarando com um ar desafiador.
Pior pra nós...
E eu que  acreditava  em mim, voltei a acreditar.
O respeito que sempre me pertenceu  retornou ao meu peito pra que eu nunca mais me abandone. 
Ser  a (o) sua (seu)melhor amiga (amigo) é o maior dos tesouros e perder essa noção pode levar tanto mas tanto tempo...E apesar de não poder perder  tempo, perde-lo é a certeza de que teremos outros tempos, novos tempos, tempos felizes, tempos melhores...
E o tempo perdido, no final se reverte, em mais amor próprio, 
mais auto-conhecimento, mais nobreza, mais compaixão e menos filhos da puta fazendo da sua mente um atelier de tudo o que não presta...
A gente se acha...
Acaba se achando de um jeito ou de outro.


Aline Vallim.

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