Perdas: as vivemos ,as sentimos, as prevemos,
sofremos por elas sem nem ao menos, termos passado por todo o
alvoroço e bagunça que deixam.
E com você, não foi previsão, foi realidade.
A perda que me azedou
um tanto, me fez perder um pouco da doçura, um pouco da fé, da fé em mim. A
pior das perdas.
Eu só queria ser o que você queria e procurava.
E me coloquei na estante, me coloquei de lado, me esqueci,
me negligenciei, desfoquei de tudo o que importava.
Já chorei, já me desfiz, já me refiz, já me reinventei.
E aos poucos toda a cor, as luzes, o brilho, a leveza foi
voltando.
Eu pensei nunca mais retornar, nunca mais conseguir olhar
pra mim com olhos piedosos porque eu perdi o que mais me importava.
Mas na verdade a culpa não foi minha, você nunca me
pertenceu e isso era muito claro e agora eu vejo como um raio que ilumina todo
o caminho.
Mulher insiste, persiste, cisma... E não vê o que está lá a
encarando com um ar desafiador.
Pior pra nós...
E eu que acreditava em mim, voltei a acreditar.
O respeito que sempre me pertenceu retornou ao meu peito pra que eu nunca mais me
abandone.
Ser a (o) sua (seu)melhor
amiga (amigo) é o maior dos tesouros e perder essa noção pode levar tanto mas
tanto tempo...E apesar de não poder perder
tempo, perde-lo é a certeza de que teremos outros tempos, novos tempos,
tempos felizes, tempos melhores...
E o tempo perdido, no final se reverte, em mais amor
próprio,
mais auto-conhecimento, mais nobreza, mais compaixão e menos filhos da
puta fazendo da sua mente um atelier de tudo o que não presta...
A gente se acha...
Acaba se achando de um jeito ou de outro.
Aline Vallim.
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