quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Boa noite e Boa sorte!

Ela é casada.
Ela adora pular a cerca.
Ela ama, se sentir mulher.
Nossa, homens estilo moscas de padaria, a fascinam.
Ela se sente mais mulher, praticando seu galanteios por aí.
Ela diz que pensa em um, mas não pensa.
Diz que pensa em outro mas tão pouco.
Ela diz que quer todos os dias mas não pode porque é casada.
"Preciso me comportar..."
Ela diz pra mais um trouxa.
E o trouxa?
Acredita.
Ela, toca de leve a mão de um. 
A cintura do outro e pega na nuca do terceiro,só pra se fazer sentida, querida, alvo de algum tesão.
Ela é linda, um corpo de dar inveja,ela sabe que pode pegar um ou outro e todos eles juntos, de repente
não chegam aos pés do seu querido e fiel marido.
Ou talvez cheguem, e o casamento seja mesmo apenas o comodismo de ter alguém nessa vida.
Ela segura na palma das mãos esses seus dois mundos.
Ela tenta não deixar cair.
Ela tenta ser quem não é.
Sendo que dentro dela sempre vai viver aquele bicho solto que há anos faz suas vítimas.
Pra ela, é esporte.
Ela quer tudo e não quer nada.
Ela não respeita a sua família, o casamento, o laço de confiança estabelecido pelo passo tão grande
que é casar com alguém.
Ela mente ,assim que transa loucamente com alguém que conheceu na fila do pão e jura
pra esse alguém que ele é inesquecível,ainda com o outro em seu corpo, diz: 
"Meu amor, que saudade, te amo."
Ela faz tudo isso. 
E nada diz.
Engraçado como o pronome feminino faz você torcer o nariz, porque se fosse um "ele" encabeçando as frases, eu garanto que você acharia super normal, o "ele" ser assim. 
Previsível e comum.
E adivinha só?
É ele mesmo, o moleque, o babaca, o bobão que ainda não virou macho.
Que é só mais um idiota pra enfeitar esse mundo.
Adivinha só? 
É dele mesmo que eu tô falando...
Eu o conheço e me desfiz tem pouquinho tempo.
Gostou,meu bem?
Leva pra casa, embrulhado no mais lindo papel de presente.
Seja mais uma.
Seja menos uma.
E como é aquela frase famosa mesmo?
Ahh,lembrei... 

Boa noite e boa sorte! 


Aline Vallim.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Respeito, só tem quem dá.

Quer usar do que você tem, porque julga ser superior ao que eu tenho.
Tem certeza, coisa rica?
Você não pensa mais alto do que eu 
porque o seu mundinho se reduz a muros que os meus transpassam.
Você não tem nada do que eu tenho. Graças! Eu digo e repito, como se um mantra fosse.
Você com certeza,não fala de qualquer assunto com facilidade...
Consigo ver em mim, uma mulher muito melhor do que você.
E o mais importante, uma pessoa mais limpa.
Você não sorri, você não ri sinceramente, você não consegue 
encarar ninguém nos olhos por muito tempo e sabe a razão?
Ninguém esconde o olhar por muito tempo, o olhar revela tudo e o seu não é diferente.
Te respeitar? Sim, como respeito a todos que a princípio não me dão razão para o contrário.
Você é tão ruim no que se propõe porque peca como pessoa que não consegue enxergar os outras.
E isso faz com que qualquer um possa e com certeza consiga, ser melhor do que você na única coisa na qual você ainda acredita ser boa.
Ou seja,não te sobra nada.
Você que se acha melhor porque o coração ajudou a comprar a carne.
Você tenta se fazer do que não é.
Não se faça,não.
Só me faz um favor.
Passe por mim, em silêncio pra não me perturbar.
Respeito só é nosso, quando a gente também dá.


Aline Vallim. 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A vilã da mocinha. A mocinha da vilã.

É como assistir a própria vida encarando a tela da tv, não se reconhecer lá.
É como novela.
Não entender o porquê desse enredo tão louco.
Por que essa protagonista não se entende? Será que ela nunca vai aprender 
a distinguir o que é real, do que ela quer que seja?
Pra ela viver,tira todas as energias, sentir tudo assim tão forte, cansa.
Não sabe "lidar-se".
O tipo de mocinha que ninguém entende, só porque ela é muito vilã.
Ela fala alto,é agitada,faz coisas erradas o tempo todo, é tão sensível...
Mas ninguém vê. Ela não deixa.
E até que ponto essa vilã precisa se mostrar, para o público entender e acolhê-la? 
Será que vale a pena ser acolhida e conhecida como a manteiga mais derretida?
Será que ela quer?
Palavras, parece que ela não sabe o quão fácil é para quem não tem credibilidade, colocá-las para fora...
E ela se deixa tocar por essas palavras bonitas e se deixa voar, ouvindo e descobrindo o que é dito. Esquecendo que a mentira se esconde até onde não se imagina.
Ela quer. 
Mas o que ela quer, não é o que ela quer pra vida dela.
Ela não tem mais tempo.
O público já acha que ela não tem juízo e não vale a pena.
Corre garota, se revela.
Ou se esconde pra sempre do que pode te derrubar por um bom tempo.
Você já se levantou antes.Você pode.
Mas lembre-se que pode demorar, lembre-se que dói.
Preste atenção por onde anda. Não seja avoada.
Se não vai machucar o joelho. E o coração.
O bom é que Merthiolate não arde mais.
Mas o coração sim. 
E os olhos depois de muito tempo chorando, ardem também! 
Não se esquece garota!
O último capítulo ainda não se aproxima, ou talvez sim, mas a questão é 
que o tempo passa e ele não espera que você aja certo, ou escolha o melhor caminho.
Ele só passa.
E você como resultado do seu enredo,vai  terminar amarga, vendo amor onde não existe, 
achando que o desamor pode ser reversível.
Não pode,garota. Se não tem amor, não tem.
Se entenda e entenda que a vida é só essa  e o último capítulo pode ser o melhor de todos
da história, mas só se você entender.


Aline Vallim.



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Pormenores.

Era bem de manhã.
Havíamos passado a noite juntos.
Primeira de muitas. Talvez,a última de todas.
Já fizemos sexo umas boas vezes. Mas dormir?
Dormir não.
Então,essa foi a primeira.
Passamos. Passou.
Ele se divide entre culpa,prazer.
E eu?
Eu sei disso.
Brincamos, rimos, nos satisfazemos.
Amanhece.
Quero que ele me leve para o trabalho.
Quero beijá-lo no meio de todo o resto do mundo,na chuva.
Mas não dá.
Do contrário do que escreveu o poeta:

"...Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe,bem no fundo,que foram feitas para um dia dar certo."

Não vai dar certo.
Eu sei disso.
Eu sei que que a parte sã dele, me odeia.
E a outra parte dele que não me tem, me odeia também.
Ele tem tantas partes.
E nenhuma delas, me ama.
Ou nenhuma, vai um dia comigo dividir algum plano ou pretensão.
Poderia me amar? Não sei.
Ele não me leva ao trabalho.
Eu não o beijo no meio de todo o resto do mundo,na chuva.
E mesmo que estivesse no meio da mais torrencial tempestade,nós não nos beijaríamos.
Há todos aqueles pormenores.
E todos eles fazem, menor a realidade.
Mais pobre. Mais cinza.
E olha,que eu o olho e a vontade de olhar pode durar para todo o sempre.
Mas deixa pra lá.
Deixa ele pra lá.
Deixa ele voltar.
Não deixa,não.
Só não posso me deixar.

Aline Vallim.









sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Eu disfarço mas não sei me desfazer.

E eu,tão ousada,não vejo nada no reflexo do meu espelho,além do vazio que você deixa.
O vazio que eu deixo você deixar.
Eu penso e repenso no que fazer pra te afastar.
Até quando, eu vou arriscar resultados tão previsíveis.
Até quando, você vai continuar me deixando sem nem ao menos ter me acolhido ou dado nada
além do que elogios vazios, fúteis, nada além de um sexo gostoso, nada além de besteiras bem ditas e alguns beijos roubados, em momentos nada oportunos?
Até quando, eu vou esmurrar a faca e esperar ela me esmurrar de volta?
Eu não quero mais.
Eu não sei dizer não. 
Eu me confundo, eu me agonio.
Me angustio.
E nada acontece, além do óbvio.
Mais domingos sozinha, mais dias nebulosos.
Mais socos no estômago.
Mais estresse.
Mas mesmo assim ,eu sorrio e brinco e irradio toda a felicidade que eu gostaria de
sentir e sinto de alguma forma.
E ninguém suspeita.
Nem você, nem aquela que ACHA QUE TE TEM e muito menos aquela que TE TEM, de fato. 
Nem ninguém é capaz de dizer que no meu peito eu carrego um 
emaranhado de coisas que nem eu sei explicar.
E eu não posso deixar essa confusão começar, em nome da minha ousadia.
Porque ousar mesmo, é saber ser feliz.
E se você não souber dos passos que dá, então meu bem, é melhor esperar sentado a felicidade chegar.


Aline Vallim.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Todo dia, tentando não voltar.

Lembro tanto de você, como se tivéssemos vivido mil histórias.
Mil momentos.
Mil versões dessa vida que me leva incessantemente em direção oposta a sua.
A sua carne, a sua companhia, a sua forma de me tocar. 
Não sou sua.
Você não é meu.
Nada disso parece verdade, porque eu me deixei entrar.
Chega!
Me obriguei a sair.
Entre todas as coisas, a mais amarga é dizer (e manter), o não.
Decretar o fim aos poucos, me toma a leveza.
Me toma o seu cheiro.
Me toma, o riso.
Me priva do meu instinto.E por mais que seja o certo, me deixa murcha.
Nada pior do que negar o seu corpo,  o coração...
Ele, que se regozija  em uma esperança que nem por mim,é entendida.
A vida me é tomada e eu me jogo na redoma.
Me jogo, pra tentar me domar!
Me embolo na pressa de me acalmar...
Me isolo pra poder, me acalentar ao som dos pensamentos que não me deixam parar!
Mas eu vou, e tento todo dia,não voltar.



Aline Vallim.


domingo, 5 de janeiro de 2014

Mais desfocada do meu foco.

Já mudei de cabelo umas 3 vezes...Só ano passado.
Me emboneco, me enfeito só pelo meu prazer.
Mas de repente...
Não quero mais usar salto, por preguiça mas quando não uso me sinto menos
feminina.
Me sinto menos bonita,menos atraente,menos interessante simplesmente porque passo por maus bocados.
Só porque não posso mais ser alvo do seu olhar. 
Simplesmente porque não posso mais arriscar o meu tanto pelo seu tão pouco, por que não dá.
Só porque eu me sinto,vazia sem esperar suas respostas.
Só porque mais uma vez, cheguei tarde!
Eu não posso.
Eu não consigo.
Pra tudo isso, sair do controle, eu sei que não vai demorar.
Não vai.
E quem tem mais a perder?
Eu.
Claro! E sairia caro. Sairá. Saiu.
Eu saí de cena mas você não saiu dos pensamentos.
Sigo minha vida, preciso.
Trabalho e trabalho bastante.
Chego em casa sem energia pra nada. Só pra reservar alguns bons minutos 
para te imaginar.
No fim de semana, eu sigo, conhecendo meus novos lugares, minhas novas cuisines, e todo o resto
da vida que eu preciso trazer pra mim.
Eu, continuo a me achar esquisita, menos eu, mais desfocada do meu foco.
Eu, continuo a tentar tomar distância e enxergar de mais longe.
Mas não dá. Ainda não dá.


Aline Vallim. 





Esqueci de sonhar.

Reencontrei minha melhor amiga durante o período do ensino médio, brigamos por alguma razão estúpida que nenhuma das duas se lembra. Não é a...